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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Endometriose: a principal causa de infertilidade feminina

A personagem interpretada por Camila Pitanga na novela Insensato Coração, da Rede Globo, revelou que possui uma doença chamada endometriose. O problema atinge cerca de 6 milhões de brasileiras e a maioria só descobre quando tenta engravidar e não consegue. Endometriose não tem cura, mas tem tratamento – e, quanto mais cedo for diagnosticada, melhor. Entenda o que é e como tratar.




Endometriose: a principal causa de infertilidade feminina
01. O que é endometriose?

O útero das mulheres é revestido de um tecido chamado endométrio. Todos os meses, quando não há gestação, esse tecido descama e é eliminado com o sangue da menstruação. Quando há endométrio em outros órgãos, fora do útero, é diagnosticado endometriose. Esse tecido migra por meio da corrente sanguínea para órgãos como ovários, ligamentos pélvicos, intestinos, bexiga, apêndice e vagina. Em casos mais raros, pode ser encontrado em órgãos distantes, como pulmão, pleura e sistema nervoso central.


02. Por que as mulheres com endometriose sentem dor?

Esse tecido do endométrio, mesmo fora útero, continua sendo estimulado mensalmente pela ação dos hormônios do ciclo menstrual. E isso provoca uma reação inflamatória, o que causa dor quando a mulher menstrua. “A endometriose é a principal culpada pela dor pélvica feminina”, explica Maurício Simões Abrão, presidente da Associação Brasileira de Endometriose (SBE). “E os seis principais sintomas são: cólica menstrual severa ou que não melhora com remédios, dor durante a relação sexual, dor ao evacuar ou diarreia durante a menstruação, dor para urinar no período menstrual, dores entre as menstruações e, finalmente, infertilidade”, completa Abrão.


03. A endometriose é uma doença comum?

Sim. De acordo com a SBE, de 10 a 15% das mulheres em idade fértil apresentam a doença, ou seja, cerca de 6 milhões de brasileiras. Dessas, cerca de 10% não têm os sintomas do problema, por isso muitas só descobrem quando encontram dificuldade para engravidar. Esse motivo, aliado a diagnósticos tardios, faz com que o tempo médio desde o aparecimento dos sintomas até o diagnóstico seja de, em média, sete anos. Em pacientes com menos de 20 anos de idade, esse tempo aumenta para 12 anos.


04. O que causa a endometriose?

A endometriose foi a doença mais estudada em ginecologia nos últimos 15 anos, mesmo assim, todas as causas ainda não são conhecidas. Existem alguns motivos prováveis, de acordo com a Associação Brasileira de Endometriose (SBE), “como a menstruação retrógrada, que ocorre quando o fluxo sanguíneo volta pelas tubas uterinas, sendo derramado nos órgãos próximos, como ovários, peritônio e intestino. Outra teoria muito considerada para o desenvolvimento da doença são falhas no sistema imunológico. Outra hipótese estuda a transformação de células, que assumem as características do endométrio, fora do útero”.


05. Endometriose causa infertilidade?

Sim, em muitos casos o diagnóstico tardio causa infertilidade. “Isso acontece quando há acometimento das trompas, órgão que conduz o óvulo ao útero, além de poder se associar a alterações hormonais e imunológicas que dificultariam a gestação”, explica Abrão.



06. Todas as mulheres que têm endometriose são inférteis?

Não. João Dias, ginecologista do Hospital Sírio Libanês, de São Paulo, explica que “a endometriose faz com que o número de óvulos seja menor e menos eficiente. A doença não inviabiliza, mas diminui a chance de gestação”.


07. Por que dizem que a endometriose é a doença da mulher moderna? 

 Hoje, entende-se que existem mais casos de endometriose porque a mulher menstrua mais, já que retarda a maternidade e tem menos filhos. No início do século 20, a mulher menstruava cerca de 40 vezes e hoje tem, em média, 400 menstruações. Estresse, ansiedade e fatores genéticos também podem estar relacionados à incidência da doença.Hoje, entende-se que existem mais casos de endometriose porque a mulher menstrua mais, já que retarda a maternidade e tem menos filhos. No início do século 20, a mulher menstruava cerca de 40 vezes e hoje tem, em média, 400 menstruações. Estresse, ansiedade e fatores genéticos também podem estar relacionados à incidência da doença.


08. Endometriose é uma doença nova?

Não. Os primeiros estudos sobre a endometriose datam de 1860, embora com outro nome. No ano de 1927, o médico J. A. Sampson começou a falar que a menstruação retrógrada seria uma das causas da doença.


09. Como é feito o tratamento da endometriose?

A doença pode ser tratada com uma cirurgia denominada laparoscopia ou por meio de medicações. Além disso, ações que melhorem a qualidade de vida, como exercícios, alimentação saudável e psicoterapia, são favoráveis ao tratamento.



10. Por que é tão longo o tempo entre o aparecimento dos sintomas até o diagnóstico da doença?

Porque a mulher demora a procurar o médico e o diagnóstico demora a ser feito. Abrão ressalta que, para obter diagnósticos precisos, “é importante olhar para a paciente e enxergar a mulher como um todo, não como um órgão”.


11. A endometriose causa câncer?

Não é possível garantir, mas os médicos estudam a associação da endometriose com outras doenças, como cistite e câncer.


12. Quem toma pílula anticoncepcional por muito tempo tem menos chance de desenvolver endometriose?

Não existe a comprovação da ligação da pílula anticoncepcional com a endometriose. “Sabemos que a mulher que toma pílula por muito tempo tem menos câncer de ovário e menos câncer de endométrio. Ela pode mascarar os sintomas, mas não existem estudos que comprovem que pílula evite a endometriose”, afirma Abrão.


13. Gravidez cura endometriose?

Abrão explica que essa é uma verdade relativa: “A endometriose é tratada durante a gravidez, mas não quer dizer que a mulher não vai ter a doença depois”.



14. Como sei se tenho endometriose?

O melhor a fazer é procurar o seu médico. Converse, tire todas as suas dúvidas e nunca tome remédios sem consultá-lo. “Cada mulher é uma história”, avisa Abrão.


15. A endometriose tem cura?

“Não podemos dizer que a doença vai ser curada, mas atualmente ela pode ser muito bem administrada”, garante Abrão.

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