Sejam Bem-Vindos!!!

O Portal do Bebê vai ser o melhor amigo da mamãe e do bebezinho que ja chegou, ou que ainda vai chegar!!!
Daremos dicas de alimentação, higiene, cuidados, compras, organização e decorações de festas, quartinhos e muito mais!!
Fique atento, pois nossas dicas vão ajudar muito!

OBS: Aceitamos sugestões e dúvidas!

Portal do Bebê

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

8 cuidados para evitar um parto prematuro

1. Fique longe do álcool
O consumo de bebidas alcoólicas durante a gestação pode ter efeitos bastante nocivos para a criança, incluindo retardo mental, dificuldades de aprendizagem, defeitos na face e problemas de desenvolvimento. Isso acontece porque a substância chega ao feto na mesma concentração presente no sangue da mãe, só que o organismo do pequeno demora mais para eliminá-la. Dessa forma, ela continua presente no líquido amniótico, afetando diretamente o desenvolvimento celular.

Como não se sabe ao certo qual é a dose segura de consumo de álcool, para que nada prejudique o feto é melhor evitar ao máximo esse tipo de bebida. A mesma recomendação vale para o cigarro e os medicamentos em geral.


2. Mantenha uma dieta equilibrada e nutritiva
Lembre-se de incluir nutrientes variados no cardápio e seguir uma alimentação rica em frutas e fibras. Por outro lado, fique cada vez mais longe das fontes de gordura saturada e de colesterol. Evite carnes gordas, pele de frango e molhos à base de creme de leite. 


3. Faça exercícios
A medicina já comprovou: a atividade física ao longo da gestação beneficia o bebê e favorece o trabalho de parto por fortalecer a musculatura do assoalho pélvico, entre outras vantagens. Sem falar que ajuda o corpo da mãe a voltar à forma mais rápido depois do nascimento do bebê. Mas atenção: a autorização e o acompanhamento do médico são imprescindíveis. É importante saber qual tipo de exercício é mais recomendado para cada período da gravidez, por exemplo.


4. Não se esqueça da vitamina B12
Presente em laticínios, carnes magras, ovos e cereais, esse nutriente é responsável pelo desenvolvimento do sistema nervoso e dos glóbulos vermelhos do pequeno. Um estudo recente do próprio Instituto Nacional de Saúde, nos Estados Unidos, constatou ainda que a substância pode evitar problemas na formação do feto. Pergunte a seu médico se a dosagem da vitamina está garantida na sua dieta. Em geral, os suplementos nutricionais indicados para as gestantes costumam trazê-la associada ao ácido fólico. 


5. Certifique-se de que a vacinação está em dia
Doenças como o sarampo podem adiantar a chegada da cegonha, além de colocar a saúde do bebê em risco. Para evitar o problema, o melhor é garantir a imunização antes mesmo de engravidar. Aliás, a vacina antissarampo nem é recomendada durante a gestação. Já a antitetânica e a contra a difteria, por exemplo, pedem reforço justamente nesse período. Consulte o médico para não ter dúvidas.


6. Avise o médico logo que souber da gravidez
O.k., essa dica é quase óbvia, mas ainda assim vale correr o risco e repetir. Há mulheres que deixam para procurar um obstetra quando a gravidez já está em andamento. Na verdade, deveriam tomar esse tipo de atitude logo ao saber da gestação. Quanto mais cedo o pré-natal for iniciado, melhor para a mãe e para o desenvolvimento do feto. Com o acompanhamento do especialista, doenças, infecções e outras disfunções serão tratadas precocemente. Um exemplo clássico é a aids: o diagnóstico no início da gestação pode evitar a transmissão do vírus HIV para o bebê.


7. Revele ao obstetra o seu histórico de saúde
É ele quem cuidará da sua saúde nos próximos meses – e isso inclui a do seu bebê. Nada mais justo, então, do que informá-lo detalhadamente sobre as doenças e reações alérgicas que você teve no passado, assim como o histórico de males da sua família e da de seu marido. De diabete a pressão alta, de obesidade a talassemia, tudo deve vir à tona nesse levantamento.


8. Tome ácido fólico
Essa vitamina é essencial para proteger o bebê de malformações e danos no sistema nervoso. Uma pesquisa recente da Universidade do Texas, nos Estados Unidos, provou ainda a sua eficiência contra o parto prematuro. A recomendação é que se consuma a substância até mesmo antes da gravidez. Durante o primeiro trimestre, aumente a dose para 400 microgramas diários – o que dificilmente se consegue por meio apenas da alimentação. Daí porque em muitos casos a ingestão de suplemento vitamínico seja indispensável.

Grávida exposta à poluição pode ter filho com QI mais baixo


O sucesso escolar dos pequenos pode ser influenciado pela quantidade de poluentes atmosféricos inalados pela mãe ao longo da gravidez. Um estudo da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, mostra que esses compostos são capazes de atrapalhar o potencial intelectual e comprometer a inteligência infantil.

A pesquisa acompanhou 249 crianças e suas mães desde a gestação até os 5 anos de idade. Durante o experimento, as participantes usaram uma bolsa com medidor de qualidade do ar por 48 horas no período final da gravidez. Pouco antes de começar a frequentar a pré-escola, os pequenos voluntários fizeram um teste de QI para medir o nível de inteligência. Resultado: filhos cujas mães viviam em ambientes mais poluídos tiveram desempenho, em média, de 4 a 5 pontos menor se comparados àqueles que passaram a gestação em locais com o ar mais limpo.

“Isso deve servir como um alerta para todos nós. É preciso fazer mais para impedir que a degradação ambiental afete nossas crianças”, diz a responsável pelo estudo, Linda Birnbaum, do Instituto Nacional das Ciências Médicas Ambientais dos Estados Unidos.

Outros fatores que podem influenciar o QI infantil foram levados em conta na pesquisa, como as relações familiares e a exposição à poluição depois do nascimento. No entanto, os dados referentes ao período pré-natal mostraram uma forte influência nos resultados finais.

Dicas para fugir da poluição

No carro, desligue o ar-condicionado: ligar o aparelho não impede a entrada dos poluentes, ao contrário do que muitos pensam. Pesquisadores acreditam que é pior circular com esse equipamento funcionando do que com uma janela ligeiramente aberta, pois o duto de entrada de ar fica bem na altura dos escapamentos.

Alimente-se corretamente: consumir frutas, verduras e legumes ricos em vitamina C, como pêssego e pimentão vermelho, estimula a produção de glutationa, uma enzima do fígado que ajuda a impedir a ação dos radicais livres fabricados pelo organismo aos montes quando inspiramos gases nocivos.

Em casa, feche as janelas em horários de trânsito intenso: essa é uma maneira eficaz de barrar a entrada das substâncias tóxicas.

Aumente a umidade do ar: vale usar aparelhos com essa função, mas espalhar baldes de água ou toalhas úmidas pelos cômodos também funciona. Além de diminuir a concentração dos gases, isso ajuda a lubrificar e limpar o muco nasal, que retém parte da poluição.

Obesidade aumenta o risco de complicações na gravidez


Se os quilos extras já eram uma fonte de preocupação para as grávidas, agora eles podem perturbá-las ainda mais. Pesquisa da Universidade de Edimburgo, na Escócia, mostra que mais de um terço dos óbitos relacionados à gestação correspondem a mulheres obesas. E são elas as mais acometidas por desconfortos típicos do período, como mal-estar e inchaço.

De acordo com o estudo publicado na revista científica British Journal of Obstetrics and Gynaecology, a obesidade aumenta em dez vezes o risco de a gestante ter infecções respiratórias e duplica o de sofrer com dores de cabeça e azia. Além disso, triplica-se a probabilidade de desenvolver a síndrome do túnel do carpo (STC), uma doença caracterizada pelo inchaço no pulso, dormência, dor, enfraquecimento e até falta de coordenação nas mãos.

“Esses sintomas podem ou não estar relacionados a problemas mais sérios. O fato é que eles impactam diretamente a qualidade de vida da gestante”, diz Rebecca Reynolds, médica do Centro de Saúde Fetal da universidade. Foram avaliadas mais de 650 grávidas, das quais metade já apresentava problemas com a balança desde o início da gestação.

Outras pesquisas já haviam comprovado que o sobrepeso está relacionado ao desenvolvimento de diabete gestacional, pré-eclâmpsia e complicações que levam à cesariana. O gasto que isso representa também foi ressaltado no trabalho: os tratamentos para obesos custam cerca de três vezes mais quando comparados a procedimentos feitos em pessoas dentro da faixa de peso considerada saudável.

30 dúvidas sobre o que é permitido fazer ou não na gravidez




1. Posso fazer tratamento para varizes?
Cirurgias para dar cabo das veias saltadas não são indicadas nessa fase. De acordo com o médico Ivanésio Merlo, presidente da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular do Rio de Janeiro (SBACV-RJ), as varizes decorrentes da primeira gestação normalmente desaparecem após o parto. Mas as da segunda gravidez tendem a permanecer. O mais recomendado para gestantes com esse tipo de problema é o método clássico: deixar as pernas levantadas por alguns minutos, usar meias elásticas de compressão (apenas no frio), evitar ficar muito tempo parada em pé ou sentada e fazer caminhadas regulares. Essas medidas ajudam a aliviar os sintomas.
 
 
2. Posso pintar as unhas?
A gestante pode tanto pintar as unhas (dos pés e das mãos) como também remover a cutícula. O único cuidado é em relação à higiene dos acessórios de manicure. O ideal é que você tenha seu próprio kit de tesoura e alicate para fornecê-lo à profissional. Isso evita possíveis contaminações. Ou, então, escolha um estabelecimento que tenha rígidos procedimentos de esterilização do material, incluindo o uso de autoclave.


3. Posso me depilar com cera quente?
Segundo a dermatologista Daniela Graff, de São Paulo, você pode se depilar com lâmina e com cera. A chamada depilação definitiva, que se vale do laser, não é recomendada. “Como não são feitos testes em grávidas, por precaução não a utilizamos em gestantes”, esclarece Daniela.


4. Posso tingir o cabelo?
Somente a partir do quarto mês de gestação. “As tinturas, mesmo aquelas sem amônia na composição, e a hena não devem ser usadas no primeiro trimestre da gravidez”, assinala Daniela Graff. “O motivo é que não se sabe se elas podem ser absorvidas pelo couro cabeludo da mãe, e o início da gestação é uma fase crítica de formação do feto”, explica a médica. Vale saber: escova progressiva, alisamentos e permanentes nos cabelos estão proibidos ao longo de todo o período.
 
 
5. E descolorir os pelos do corpo?
Evite clareá-los enquanto estiver grávida. Não há garantias de que as substâncias químicas usadas no processo não penetrem na pele e, assim, ofereçam riscos ao bebê. Além disso, todo o organismo está mais sensível e propenso a irritações cutâneas e alergias.  


6. Pode andar de moto? E a cavalo?
Não há nenhuma contraindicação formal para o transporte em motocicleta. “Mas a gestante deve lembrar que os acidentes com esse veículo são relativamente comuns e uma queda, ainda que em baixa velocidade, pode colocar a vida do bebê em risco”, diz Cláudia Magalhães, obstetra e professora da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp). Por razões semelhantes, andar a cavalo não é uma boa ideia. “Na gravidez, há o aumento do peso corporal e a mudança do seu eixo. Além disso, as juntas e articulações ficam mais moles e suscetíveis a entorses”, esclarece Marcos Tadeu Garcia, obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo. Portanto, qualquer queda pode provocar uma situação grave para a grávida e o bebê, como o deslocamento da placenta e outros traumas.
 
 
7. E andar de bicicleta?
Pedalar a bike é permitido desde que a gestante tenha o aval do médico e esteja habituada ao exercício. É importante beber bastante água e usar os equipamentos de proteção, como capacete e joelheira. Por segurança, não custa também procurar um local com pouco ou nenhum trânsito de automóveis. E nada de acelerar no pedal.


8. Posso tomar laxante?
Inicialmente, o ideal é incrementar a dieta com alimentos ricos em fibras para melhorar o trânsito intestinal. As frutas e os cereais integrais são as melhores fontes. Se ainda assim o intestino continuar preso, o obstetra poderá indicar algum laxante formador de bolo fecal. É imprescindível que um médico prescreva o medicamento, pois alguns tipos de laxativos são contraindicados para as gestantes.
 
 
9. Posso continuar dirigindo meu carro?
Existem inúmeras controvérsias sobre o assunto. Há médicos que autorizam suas pacientes a dirigir até o sétimo, oitavo mês. Outros não veem impedimento até o fim da gravidez. E há ainda os que sugerem o abandono da direção desde o início. Esses últimos alegam que os reflexos e a concentração da grávida se encontram reduzidos e, além disso, na hipótese de uma colisão, o volante pode provocar um grande trauma na barriga. Vale conversar com o seu obstetra e ouvir o ponto de vista dele. Procure levar em conta também seu estado físico e emocional a cada estágio da gravidez.
 
 
9. Posso continuar dirigindo meu carro?
Existem inúmeras controvérsias sobre o assunto. Há médicos que autorizam suas pacientes a dirigir até o sétimo, oitavo mês. Outros não veem impedimento até o fim da gravidez. E há ainda os que sugerem o abandono da direção desde o início. Esses últimos alegam que os reflexos e a concentração da grávida se encontram reduzidos e, além disso, na hipótese de uma colisão, o volante pode provocar um grande trauma na barriga. Vale conversar com o seu obstetra e ouvir o ponto de vista dele. Procure levar em conta também seu estado físico e emocional a cada estágio da gravidez.
 
 
10. Momentos de tristeza podem influenciar o desenvolvimento do meu bebê?
Não está provado que a tristeza da mãe possa afetar diretamente a saúde do feto, mas há um porém. “Uma pessoa muito triste, depressiva, não se alimenta nem dorme corretamente, não segue as orientações médicas e isso, sim, pode ser prejudicial”, pondera Eduardo de Souza, professor do Departamento de Obstetrícia da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Momentos de tristeza fazem parte da vida de todas as pessoas e não devem ser motivo de preocupação. Mas, como a depressão durante a gravidez não é rara, é bom procurar ajuda psicológica se perceber que a melancolia está se tornando persistente.


11. Posso tomar banho de banheira? Há risco de isso provocar algum problema?
Desde que a temperatura da água não ultrapasse os 38 °C – ou seja, ela deve ficar apenas morninha. Banhos de imersão muito quentes não são recomendáveis. Nos primeiros três meses de gestação, a hipertermia (excesso de calor) pode causar malformações no feto. “A partir do segundo trimestre, é normal que a pressão arterial da gestante caia. O ambiente muito quente contribui para uma queda ainda mais acentuada, podendo ocasionar desmaio e diminuição do fluxo de sangue para o bebê”, avisa o obstetra Marcos Tadeu Garcia. Uma dica é manter a porta do banheiro entreaberta para impedir o acúmulo de vapor quente no local.
 
 
12. Posso tomar banho de sauna?
Devido à alta temperatura nesse ambiente, fazer sauna é desaconselhado pela maioria dos médicos para prevenir problemas como queda de pressão, desmaio e enjoo.


13. Posso fazer carinho no meu bicho de estimação?
Sim, mas é preciso tomar alguns cuidados, principalmente em relação aos gatos. Alguns bichanos, geralmente os que têm contato com as ruas, podem estar infectados com um parasita, eliminado pelas fezes, que transmite a toxoplasmose, uma doença capaz de causar malformações no feto. É comum o médico pedir no pré-natal um teste para identificar se a gestante está ou não imune à toxoplasmose. Quem não está precisa redobrar a atenção. Segundo o obstetra Eduardo de Souza, é importante lavar as mãos sempre depois de acariciar os animais e também evitar mexer na terra de vasos e quintal – o solo pode estar contaminado pelas fezes. Mais uma recomendação: se tiver um gato, delegue a outra pessoa a limpeza de sua caixa de areia.


14. Posso fazer drenagem linfática?
Depende. A drenagem linfática é realmente eficaz para reduzir o inchaço, mas em gestantes só deve ser feita por um fisioterapeuta com certificado aprovado por uma sociedade médica. “Mas há sempre o risco de lesão vascular ou desprendimento de trombos, acarretando problemas muito maiores”, alerta Eduardo de Souza. Por isso, é importante, antes de qualquer coisa, conversar com o seu obstetra e, eventualmente, consultar um angiologista.


15. Posso beber uma taça de champanhe ou vinho de vez em quando?
“Uma taça de champanhe ou vinho, ocasionalmente, num jantar ou numa festa, não trará problemas desde que a gestante não tenha contraindicação em relação ao consumo de álcool”, acredita o obstetra Marcos Tadeu Garcia.


16. Posso comer pratos apimentados ou com condimentos fortes?
Desde que eles não provoquem azia ou outro desconforto gástrico, não há problema algum.
 
 
17. Posso continuar tomando café?
A cafeína piora os sintomas de queimação no estômago, algo comum entre várias gestantes, além de ser muito estimulante. O mais indicado é tomar café com bastante moderação, uma ou duas xícaras pequenas por dia.  


18. Posso passar bucha vegetal nos mamilos para prepará-los para a amamentação?
Até pouco tempo atrás, muitos médicos indicavam o uso da bucha vegetal duas ou três vezes por semana para deixar os mamilos mais resistentes. Ultimamente, os pediatras têm recomendado outro método: expor os mamilos ao sol durante dez minutos todos os dias. Pergunte ao seu médico o que ele acha mais eficaz. Caso a orientação seja pela exposição aos raios solares, uma dica é encontrar uma fresta em alguma janela de sua casa onde você possa fazer isso com privacidade.
 
 
19. Posso tomar banhos de sol? Devo adotar alguma precaução?
Não existem problemas em tomar banhos de sol desde que você siga as seguintes recomendações: expor-se apenas antes das 10 horas ou após as 16 horas e sempre usar um protetor solar UVA/UVB com FPS superior a 30. “As gestantes têm um risco maior de ficar com manchas tanto na face como na barriga”, diz a dermatologista Daniela Graff.


 20. Posso tomar banho de mar?
“Se a gravidez não é de risco, não há a dilatação antes da hora nem o risco de prematuridade”, afirma Eduardo de Souza. Ele avisa que são necessários alguns cuidados básicos para entrar no mar, como deixar a água chegar, no máximo, até a altura da coxa e evitar ondas fortes de frente.


21. Posso passar qualquer hidratante no corpo ou precisa ser um tipo específico para gestantes?
Alguns ativos de hidratantes comuns são proibidos na gravidez, como ureia em concentrações altas. Por essa razão, o melhor é optar por produtos exclusivos para gestantes. Mas saiba que mesmo eles podem causar alguma irritação.


22. Posso usar óleo de amêndoas à vontade?
Esse tipo de óleo, recomendado para prevenir o surgimento de estrias durante a gestação, pode ser usado sem restrições. Ele, no entanto, só a melhora a hidratação da pele, o que nem sempre é suficiente para impedir o aparecimento dessas marcas na pele, que geralmente vêm à tona devido ao aumento de peso característico da gravidez e às alterações hormonais típicas do período.


23. Posso viajar?
Até o sétimo mês, as viagens podem ser realizadas com algumas precauções. “No carro, deve-se parar de hora em hora para esticar as pernas e se alimentar”, diz o obstetra Eduardo de Souza. Trechos feitos de avião demandam cuidados como caminhar pelo corredor da aeronave sempre que possível e ingerir bastante líquido para evitar a desidratação. No oitavo mês, é necessário atestado médico para embarcar. E, no nono, a maioria dos médicos proíbe viagens de qualquer natureza, mesmo de carro.
 
 
 
24. Posso fazer musculação?
Com uma supervisão adequada, sim. No entanto, as cargas devem ser menores e sem exageros porque o risco de lesão na coluna é maior.
 
 
25. Posso visitar um amigo doente?
Se problema for contagioso ou ele estiver internado, não. Hospitais são focos de doenças e o melhor é se poupar de entrar num ambiente assim. Caso não haja um diagnóstico fechado, o mais prudente é telefonar ou mandar um e-mail de solidariedade ao amigo.
 
 
26. Posso subir escada?
Sim, mas você deve ficar atenta para não ficar ofegante na subida e, na descida, não se desequilibrar. Para isso, tome o cuidado de subir um andar apenas por vez e descer utilizando o corrimão.
 
 
27. Posso usar sapato de salto?
Caso não haja desconforto, é possível usar salto de até 3 centímetros. Mais do que isso, aumenta a possibilidade de quedas devido à mudança de eixo no equilíbrio do corpo. “No final da gestação, é recomendada a utilização de sapatos baixos, principalmente devido às dores nas costas. Isso porque o salto alto intensifica ainda mais a lordose característica da gravidez”, aconselha a obstetra Cláudia Magalhães.
 
 
28. Posso carregar sacolas de compras?
Sim, não apenas sacolas de compras, como seu filho mais velho (se ele ainda for pequeno, claro) e qualquer coisa de que você precise, desde, é claro, que não seja algo com quilos e mais quilos. Antigamente, acreditava-se que grávidas deveriam ser poupadas de carregar peso, mas essa restrição só existe para gestantes com complicações de saúde. O limite deve ser estipulado pela sua condição pessoal e pelo seu bom senso.


29. Posso ingerir comida japonesa?
Embora o peixe cru, típico da culinária japonesa, não transmita toxoplasmose, o ideal é evitar o alimento nessa fase ¬– aliás, qualquer carne crua deve ser riscada do cardápio da futura mamãe. Durante o preparo, o pescado pode ser manuseado por pessoas que não tenham lavado adequadamente as mãos sem falar em possíveis problemas com a assepsia do restaurante. Como o calor mata a maioria dos germes, o mais indicado é consumir apenas alimentos cozidos.
 
 
30. Posso fazer tratamento dentário?
Não só pode como deve, caso ocorra algum problema nos dentes ou nas gengivas. Doenças bucais são associadas a parto prematuro e nascimento de bebês com baixo peso. Se sua barriga ainda não é evidente, lembre-se de falar ao dentista sobre o seu estado atual para que ele possa tomar as devidas precauções no tratamento. Existem anestesias apropriadas para grávidas. Elas são mais seguras porque não contêm substâncias que provocam estreitamento dos vasos sanguíneos, presentes nas anestesias comuns.
 
 
 

Guia de emoções na gravidez

grávida

A partir do momento em que o bebê começa a se desenvolver, um turbilhão de sentimentos toma conta da cabeça da mulher. Alegria, medo, insegurança e ansiedade ao mesmo tempo e em alta dosagem. Ufa! Culpa dos hormônios? Em grande parte, sim. Essa instabilidade na cachola ocorre devido à brusca alteração dos níveis do estrógeno, que é o responsável pelas características femininas e cujas taxas sobem que nem foguete na gravidez ¬– tudo para deixar o organismo da futura mãe apto para o desenvolvimento da criança. Sem contar a progesterona, que tem a função de adequar o útero para receber o embrião. Saber lidar com todas essas transformações no corpo e na mente é uma árdua tarefa. Veja como reagir às mudanças emocionais de cada trimestre e não se sinta só. Acredite: todas as grávidas passam por isso.


Primeiro trimestre: emoções à flor da pele
 
 
As alterações hormonais são sentidas com maior intensidade nos três primeiros meses. É quando, bruscamente, as taxas de estrógeno e progesterona vão às alturas e a mulher precisa lidar com a grande novidade: há um bebê se desenvolvendo dentro dela. Isso nem sempre é sinônimo de felicidade instantânea, como conta a jornalista paulista Fabiana Faria, 28 anos, mãe de João Vitor, 4 meses: “Mesmo sendo uma gravidez planejada, quando descobri que estava grávida, fiquei apavorada. Chorei muito, não de tristeza, mas de medo”.

Assim como Fabiana, muitas gestantes experimentam sensações incompatíveis com as esperadas pela sociedade, o que aumenta ainda mais o nervosismo. “A mulher se sente obrigada a ficar feliz, como se a demonstração de medo, angústia e ansiedade fosse fazer dela uma péssima mãe”, explica Ricardo Monezi, especialista em medicina comportamental do Instituto de Medicina Comportamental da Universidade Federal de São Paulo.

Você tem medo do quê?
Os sentimentos conflitantes do início da gravidez, na maioria das vezes, expressam também a insegurança em relação ao futuro. “Na primeira gestação, a mulher passa do papel de filha para o de mãe e essa mudança sempre gera ansiedade. Se for o caso de uma segunda gravidez, o medo se intensifica por cobranças do tipo: ‘Vou dar conta de duas crianças? Terei dinheiro suficiente para a educação dos dois? Meu filho mais velho vai ter ciúme?’”, enumera Ricardo Monezi. Para lidar melhor com esse período de intensa transformação física e emocional, é indispensável contar com o apoio do parceiro e da família, além de ter abertura para falar sobre suas angústias e seus temores. “Nessa fase, a gestante se sente incompreendida, sozinha. Ela normalmente faz projeções baseadas na relação que teve ou tem com sua própria mãe. Quer ser melhor ou, no mínimo, igual. É uma autocobrança enorme”, completa Monezi.

• Contar ou não contar a notícia sobre a gravidez antes de completar o primeiro trimestre? Considere a opção que for mais confortável, principalmente em relação ao trabalho. Talvez seja o caso de restringir a novidade ao seu círculo íntimo.

• Escolha um(a) obstetra de sua confiança. Esse especialista é um aliado tão importante quanto o pai do bebê e a família. Anote todas as suas dúvidas em um caderno, para não esquecer, e pergunte tudo durante a consulta. Os esclarecimentos do médico a deixarão mais segura e, de quebra, menos ansiosa.

• Não hesite em procurar ajuda de um psicólogo ou psicanalista se achar que o apoio da família e do obstetra não estão sendo suficientes. Somente esse tipo de profissional é capaz de perceber e ajudar a resolver alguns conflitos, mais sutis.

• Descanse. No primeiro trimestre, a alta de progesterona pode causar sonolência excessiva. Se puder, aproveite para cochilar depois do almoço ou mude a rotina noturna e vá para cama mais cedo. Tentar inibir o sono de qualquer maneira pode deixá-la ainda mais irritada.


Segundo trimestre: calmaria aparente

Para a maioria das gestantes, esse é considerado o período mais brando. Os hormônios continuam atuantes, mas em compensação já é possível visualizar a gravidez como algo concreto. Se antes apenas desconfortos físicos como enjoos, dores lombares e sonolência denunciavam a chegada do bebê, agora a barriga já despontou e as mamas estão bem maiores. Sem falar que é possível ouvir o coração do pequeno e senti-lo se mexer. “Acho que essa é a melhor fase para mim e para o bebê. Ele ainda tem bastante espaço na barriga e eu não estou tão redonda”, diz, brincando, a analista de sistemas Marina Moela, de São Paulo, 34 anos e grávida de cinco meses do seu primeiro filho.

Se as evidências físicas têm o poder de trazer mais alegria para o processo de gestação, por outro lado podem virar um tormento para as mães que estejam preocupadas com a forma física. A jornalista Fabiana Faria conta que levou um susto quando soube que havia engordado 4 kg do quarto para o quinto mês: “Sentia muita fome e comia demais. Fiquei assustada com a mudança no tamanho dos meus seios porque, para mim, essa é a parte mais sensual do corpo feminino”.

Em sintonia com o seu corpo
Engordar é um processo natural e necessário durante a gestação. Se antes da gravidez você estava dentro de uma margem saudável de peso, é normal ganhar de 11 a 14 kg ao longo dos nove meses. Fique atenta para não descontar a ansiedade na comida e acabar acumulando mais quilos do que o indicado pelo médico. Afinal, não é só a forma física que está em jogo, mas sua saúde e a do bebê. Manter uma alimentação balanceada vai ajudá-la a controlar o peso e, aliada a isso, a prática de uma atividade física vai deixá-la mais tranquila e relaxada. “Exercícios de baixo impacto são muito benéficos para a gestante e podem ser praticados durante toda a gravidez, respeitando a orientação do obstetra”, sugere Aléssio Calil Mathias, ginecologista e obstetra do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo.

Mantenha o controle
• Informe-se! Leia sobre o desenvolvimento do bebê e converse com outras grávidas. Você vai perceber que as dúvidas e as inquietações são muito parecidas e isso a deixará mais calma. Uma excelente alternativa é participar de cursos para gestantes que acontecem nas maternidades.

• Aproveite a hora do banho para acariciar a barriga e usar óleos aromáticos e relaxantes no corpo – há marcas de cosméticos que desenvolvem linhas específicas para o período de gestação. Faça desse momento um encontro entre você e o bebê, sem intervenções e pressa.

• Se antes de engravidar você já praticava exercícios, continue. E, se não era adepta de nenhuma modalidade, comece já. Fale com o seu médico a fim de eliminar qualquer possível restrição e escolha a que mais lhe atrai. As opções mais indicadas são: hidroginástica, caminhada, Pilates e ioga, por serem de baixo impacto. “As posturas de relaxamento da ioga são excelentes para essa fase, pois proporcionam uma conexão maior entre a mãe e o bebê”, explica a professora Adriana Fischer, especialista em ioga para gestantes do Estúdio YogaFlow, em São Paulo. “É muito comum as alunas relatarem que sentem os movimentos mais intensos do pequeno durante a prática.” 
 
 
 
Terceiro trimestre: ansiedade total!

Na reta final, a ansiedade e a irritação voltam a deixar as grávidas com tudo à flor da pele. Dúvidas em relação ao tipo de parto, distanciamento da vida sexual, problemas de comunicação com o parceiro, dificuldade para dormir, cansaço físico, lapsos de memória até mesmo diante de coisas corriqueiras do dia a dia e ainda a sensação de desespero que bate na última hora: será que ele vai nascer bem?

A empresária paulista Sara Monroe, 31 anos, está no último mês de gravidez e relata a sua apreensão: “Estou muito ansiosa pelo nascimento porque quero que meu bebê seja saudável e chegue de parto natural. Ao mesmo tempo, sei que vou sair da zona de conforto em que estou agora. Não sei se vou saber cuidar dele direito”. O primeiro passo para não surtar nas semanas que antecedem o nascimento é definir prioridades e só assumir compromissos que não exijam o esforço físico e emocional. É hora de colocar em prática tudo que facilite a sua vida e lhe dê prazer. Vale antecipar em alguns dias a licença-maternidade, fazer massagem nos pés diariamente e até adotar um corte de cabelo mais prático.

Organize as emoções
Para manter a tranquilidade nesse momento, é importante avaliar quais são suas dúvidas e preocupações. Ao fazer isso, você perceberá que muitas delas já foram sanadas lá atrás e apenas voltaram à tona por causa da insegurança que antecede o nascimento. Você provavelmente já está bem informada sobre os tipos de parto e definiu com o seu obstetra como ele será conduzido. Em relação à chegada do bebê, direcione sua atenção para os últimos preparativos e não dê muita importância para os alarmismos e traumas de outras mães. Retenha apenas o que for bom. Cada gravidez tem suas particularidades, dificuldades e alegrias.

Mantenha o controle
• Arrume o quarto do bebê e curta cada detalhe. Divida esse momento com o pai, com as amigas íntimas, com sua mãe, irmã e cunhada. Além de contar com uma ajuda extra, você poderá desfrutar de momentos relaxantes e conversas amistosas. “O ritual de espera que abrange todos os preparativos para a chegada da criança é importantíssimo para que a mulher incorpore o novo papel de mãe”, esclarece Ricardo Monezi.

• No terceiro trimestre, a vida sexual pode sofrer abalos. O homem, por não saber como lidar com a nova situação ou por achar que pode machucar o bebê durante a relação, acaba se afastando e não demonstrando interesse. A mulher, por sua vez, acha que ele não a deseja e fica triste e angustiada. “É importante que o médico explique ao casal que o sexo não machuca o bebê e que eles podem manter a rotina sexual escolhendo posições confortáveis para ambos”, explica Aléssio Mathias.

• Por causa da barriga, fica difícil achar uma posição cômoda na hora de dormir. E, se você não dorme direito, não descansa adequadamente, e isso eleva a irritabilidade. Nessa hora, vale usar todos os artifícios disponíveis. Desligue a TV, deixe o quarto escuro e silencioso. Deite de lado com o apoio de travesseiros nas costas, entre as pernas e embaixo da barriga para sustentar o peso do bebê.


Depois do nascimento: mudanças à vista!



Depois que o bebê nasce, cai o nível de progesterona e outros dois hormônios passam a ser protagonistas: a prolactina, que estimula a produção de leite, e a ocitocina, que é responsável pela contração do útero para a expulsão do bebê na hora do parto e pela ejeção do leite.

Devido a essa nova condição hormonal e física, entre o segundo e quarto dia após o parto, a mulher pode apresentar uma leve tristeza, que não deve ser confundida com a depressão pós-parto, um problema bem mais sério e que deve ser tratado com o auxílio médico. Essa sensação de apatia e desânimo dura no máximo seis semanas, período em que normalmente a ex-gestante se acomoda no novo papel de mãe. “Ela vai perceber que algumas fantasias vão se tornar realidade e outras não. Há uma reestruturação na sua forma de pensar. Fica claro que agora existe um novo ser que depende dela”, explica Ricardo Monezi.

Mais uma vez o apoio familiar e do companheiro são essenciais. Ao homem, cabe o sentimento de compreensão pela nova condição porque sua companheira se ocupará em tempo quase integral em cuidar do bebê, esquecendo-se momentaneamente de seu papel de esposa, como esclarece Alberto D´Auria, ginecologista, obstetra e diretor de relacionamento da Maternidade Santa Joana, em São Paulo: “O hormônio prolactina inibe a feminilidade. A nova mãe fica mais preocupada em agasalhar e proteger o filho e se afasta do convívio social e de qualquer situação que ofereça risco, ainda que inconsciente, para o bebê”.

Mantenha o controle
• Converse com outras mães. Trocar experiências nesse momento será muito enriquecedor e tranquilizante.

• Peça ajuda! Você não precisa dar conta de tudo sozinha. É importante reservar um momento para se cuidar e relaxar.

• Deixe e incentive o pai a participar dos cuidados com o bebê. Isso fortalecerá o vínculo entre eles e deixará você mais segura em relação à nova família.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O perigo da hipertensão na gravidez

hipertensão gravidez

A combinação entre muito sal na dieta, sedentarismo e maus hábitos em geral deflagra uma doença que atinge de 5 a 7% das grávidas brasileiras. Trata-se da hipertensão gestacional, um problema que pode comprometer a saúde e a vida da futura mamãe e a do bebê.

A hipertensão gestacional é uma complicação que acompanha entre 5 e 7% das grávidas brasileiras. O aumento da pressão é um mal que pode comprometer a saúde e a vida tanto da mãe quanto do bebê. Alberto D’Auria, médico obstetra e diretor do Hospital Maternidade Santa Joana, na capital paulista, é taxativo: “Maus hábitos e alimentação desequilibrada. Aí está a origem de praticamente todos os problemas de saúde”. Para ele, ainda, o aumento da pressão durante a gestação se inclui nessa sentença.

Patrícia Miziara Montalvão, 26 anos, advogada, é um exemplo de como a união de maus hábitos alimentares pode ser fatal. Ela não poupou seu paladar, sempre voltado para comidas salgadas, durante a gestação, não fez restrições alimentares e não praticava atividades físicas, até mesmo porque nunca apresentou problemas de peso. Patrícia estava no sexto mês da sua primeira gravidez quando, num exame de rotina de pré-natal, constatou o aumento da pressão. Entre idas e vindas ao médico, picos da pressão de até 18/11 e várias tentativas em controlá-la com medicamentos, ela chegou ao limite entre a vida e a morte. Patrícia mora em Santa Maria do Tocantins e teve que ser levada às pressas para Brasília. A médica que a recebeu se assustou com seu estado: ela estava muito inchada e, assim que foi internada, começou a ter convulsões. O parto foi induzido algumas horas depois: “Quando tiraram Ana Letícia e junto a placenta, na hora minha pressão se normalizou”, conta Patrícia. “Mas não apontaram a placenta como a única causa da hipertensão. Tive uma gravidez tumultuada, com muito estresse e hábitos alimentares péssimos. Tinha desejo por tomate cru com sal todos os dias!”

Entenda o que é a hipertensão gestacional, os motivos que caracterizam a doença e saiba o que você deve fazer para se prevenir.
1. O que é a hipertensão na gravidez?
O aumento da pressão sanguínea diagnosticado durante a gestação em mulheres que nunca haviam antes demonstrado o problema é classificado como doença hipertensiva específica da gestação (DHEG). Esse é um dos distúrbios mais comuns em grávidas e se apresenta de duas formas: como pré-eclâmpsia e eclâmpsia.

A pré-eclâmpsia é o aumento da pressão arterial acompanhada da eliminação de proteína pela urina. Normalmente, essa complicação começa depois da 20ª semana de gravidez. Quando não tratada adequadamente, pode culminar na própria eclâmpsia, a reta final da doença. Ela se caracteriza pela pressão muito elevada escoltada de outros sintomas mais graves, como convulsões e inchaços. Nesse estágio da DHEG, a vida da mãe e do bebê entra em risco.


2. Quais são as causas da hipertensão na gravidez?
Não existe uma única causa. Há o consenso de que o problema é resultado, entre outras coisas, da má adaptação do organismo materno a sua nova condição. Outros motivos são a alimentação desequilibrada, com o excesso de sal, e o sedentarismo. “Mas os principais agravantes da hipertensão são mesmo os hábitos alimentares, embora o começo do problema esteja na formação da placenta”, explica o obstetra Alberto D’Auria.
 
 
3. Quais os sinais de que o problema está se tornando preocupante?
Além da pressão sanguínea muito alta, dores de cabeça e abdominais, escotomas (visão comprometida com pontos brilhantes) e inchaço em todo o corpo indicam que o quadro da gestante é sério e merece cuidados médicos de pronto.  


4. Dá para controlar a doença sem medicação?
Depende. Para isso, é preciso ficar de olho na alimentação e no ganho de peso. A dieta, por exemplo, deve ser rica em ácido fólico, já que esse nutriente tem ação vaso dilatadora, e pobre em sal, o gatilho para o disparo da pressão. Se mesmo com esses cuidados a pressão teimar em subir, aí os remédios anti-hipertensivos costumam ser necessários.


5. Mulheres que já tinham pressão alta antes da gravidez devem tomar cuidados extras?
Sim. Quem já era hipertensa deve, junto com o cardiologista e o ginecologista, estudar soluções para assumir as rédeas do problema durante a gestação. Muitas vezes, os especialistas optam por trocar o anti-hipertensivo que a mulher já tomava por outro medicamento da mesma classe e mais indicado para esse período. E, claro, é preciso redobrar os cuidados com o aumento do peso e a alimentação. Outra providência é aumentar a suplementação de ácido fólico. As futuras mamães que já tinham hipertensão antes de engravidar não se enquadram nos casos de doença hipertensiva específica da gestação (DHEG), que, como o próprio nome entrega, geralmente se restringe a esse período. No entanto, a partir do momento em que a pressão não para de subir, os sintomas e os procedimentos adotados pelos médicos são similares aos da pré-eclâmpsia e da eclâmpsia.


6. Existe um perfil de mulheres que desenvolvem a hipertensão gestacional?
Mulheres que engravidam tardiamente costumam ter maior chance de desenvolver o problema – cerca de 14% delas. “De modo geral, são mulheres que trabalham muito e esperaram a estabilidade para engravidar. Por isso também são mais estressadas, sofrem muita pressão e, comumente, ingerem muito café. Esse é um público cativo da hipertensão na gestação”, relata o obstetra D’Auria. A pré-eclâmpsia também tem maior incidência na primeira gravidez e, do mesmo modo, “gestações múltiplas têm grandes chances de desenvolver o problema”.


7. A pré-eclâmpsia pode prejudicar a formação do bebê?
A saúde do pequeno não é comprometida quando a mãe está com a pré-eclâmpsia. Mas, se não for tratada, e a gestante chegar ao estágio de eclâmpsia, o risco da perda da criança é alto.


8. Quais são os comprometimentos para a mãe?
Quando a pressão não consegue mais ser controlada com o auxílio de remédios e os outros sintomas da eclâmpsia estão evidentes, não existe outra saída: o nascimento do bebê precisa ser acelerado com um parto induzido. Caso contrário, o pequeno e a mãe correm o risco de morte. “É importante considerar que 75% dos óbitos por hipertensão arterial na gravidez têm como causa a eclâmpsia”, alerta D’Auria.

Patrícia Miziara é mais uma vez o exemplo desse extremo. Ela chegou ao hospital com a pressão em 16/11 e extremamente inchada mesmo depois de duas semanas tentando diversos anti-hipertensivos. Assim que foi internada, vivenciou as primeiras convulsões, típicas da eclâmpsia. “Se tivesse esperado mais seis horas para realizar o meu parto, segundo a médica, teria perdido meu bebê e a minha vida”, conta Patrícia. Ela sobreviveu e não precisou sequer ficar hospitalizada. Já Ana Letícia, sua pequena, ficou na UTI por mais três meses, lutando para sobreviver.


9. Quem teve hipertensão na gravidez tem maior chance de ter pressão alta ao longo da vida?
“Qualquer doença durante a gestação é um indício de uma predisposição. É uma ilusão pensar que o surgimento de algumas complicações seja totalmente aleatório”, diz D’Auria. “A exemplo disso estão os números do diabete gestacional. Cerca de 20% das mães desenvolvem a doença depois da gravidez”, completa. É comum em pacientes que desenvolveram a doença hipertensiva específica na gravidez tenham a pressão normalizada ou pelo menos reduzida logo em seguida ao parto. Mas, ainda assim, em muitos casos elas continuam com o anti-hipertensivo por cerca de 40 dias.
 




Exercício na gravidez



Ninguém ousa discutir os benefícios da atividade física, mas, quando a mulher engravida, não faltam mães, tias e avós prontas para recomendar vivamente que a futura mamãe pegue bem leve — ou que, no máximo, faça uma caminhadinha. Uma pena. As gestantes podem e devem tirar proveito dos arquiconhecidos efeitos positivos dos exercícios. Para elas, mexer-se traz ainda outro ganho: o risco de um parto prematuro cai pela metade.

Isso é o que revelou um estudo conduzido pelo professor de educação física Marlos Domingues na Universidade Federal de Pelotas, no Rio Grande do Sul. Ele avaliou o perfil de absolutamente todas as mulheres que deram à luz na cidade gaúcha em 2004 — algo em torno de 4 mil mães. A proporção de partos antes do programado foi menor entre as que se exercitaram durante toda a gestação e, principalmente, no terceiro trimestre, justamente o período em que as grávidas costumam reduzir o ritmo.

Enquanto alguns fatores de risco para a prematuridade vêm diminuindo — caso do tabagismo —, outros aumentam assustadoramente. Para ter uma idéia, só na cidade de Pelotas, a incidência de hipertensão na gravidez pulou de 5,3%, em 1982, para 23,9%, em 2004, e a ocorrência de diabete gestacional aumentou dez vezes no mesmo período. “Esses fatores, junto com a obesidade, podem ser minimizados com a atividade física”, lembra Marlos Domingues para justificar o achado.

Ele e seus colegas se aprofundaram na investigação e continuam avaliando mães e filhos. Os estudiosos gaúchos querem saber se as mulheres que foram gestantes ativas perderam peso mais rápido ao sair da maternidade, se correram um risco menor de depressão pós-parto e se o desenvolvimento neuromotor e psicológico de seus filhos é diferente do de bebês nascidos de gestantes sedentárias. Ou seja, a pesquisa poderá comprovar muitos outros benefícios do esporte na gravidez.


Antes de mais nada, que fique bem claro: cada grávida é uma grávida e a última palavra é sempre a do obstetra. Só ele pode dizer o que a paciente tem condições de fazer. Mas, com o sinal verde, a gestante ganha, e muito, se largar o sedentarismo. Engorda menos, não sofre tanto com dores nas costas e nas pernas graças ao fortalecimento da musculatura e tem menos risco de desenvolver diabete gestacional e hipertensão. Sem contar a melhora no condicionamento e no alongamento, o que facilita por tabela o trabalho de parto. Aliás, um mito precisa ser derrubado: longe de se tornar mais frágil, a futura mãe vira uma espécie de supermulher. Ela tem mais sangue em circulação, ganha flexibilidade, alguns sentidos se aguçam. “Tanto que a gravidez é considerada uma espécie de doping no meio esportivo”, compara Marlos Domingues. Em princípio, não há nenhuma contra-indicação para os exercícios nessa etapa da vida. E isso vale até para as sedentárias inveteradas. “Para elas, por se tratar de um período de intensa adaptação do organismo, vale mais do que nunca a regra de começar aos poucos e fazer uma atividade mais leve, como natação, hidroginástica, ioga, caminhada”, lembra Nilka Donadio, ginecologista e obstetra da Sociedade Brasileira de Reprodução Humana. Nesse caso específico, os médicos são praticamente unânimes: as mulheres sedentárias só devem dar a largada após o terceiro mês de gestação, quando o embrião já se implantou. “Aí, há menos risco de aborto”, justifica o ginecologista e obstetra Claudio Bonduki, da Universidade Federal de São Paulo. Quanto às grávidas que já eram assíduas de quadras e academias, elas só precisam fazer um ajuste no ritmo e na intensidade — mas em geral podem manter todas as modalidades com as quais estavam habituadas, até mesmo a corrida. “A intensidade é que deve ser inversamente proporcional ao tempo da gestação”, nota o ortopedista Ricardo Cury, da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte, lembrando que no fim da gravidez o barrigão pode, sim, incomodar — e pesar inclusive sobre as articulações. O fato é que carregar de 10 a 15 kg a mais, sofrer com inchaços e insônia e ainda ter que lidar com as oscilações de humor talvez não seja nada fácil, por mais que se pregue que é esse o tal momento mágico na vida de toda mulher. “Não há uma pílula para combater os transtornos típicos do período”, diz Marlos Domingues. “Os exercícios, sim, é que podem ser um santo remédio.”

Para nascer na hora certa

bebê no ovo


Uma das utopias dos obstetras é descobrir um jeito extremamente eficaz de predizer se a criança deixará o ventre materno antes do momento esperado. Esse sonho, compartilhado pelos futuros pais, instiga os cientistas a investigar métodos mais aptos a profetizar o término exato da gravidez e acertar em cheio a data do nascimento.

Com essa informação em mãos, seria possível acompanhar a gestação com cautela e, quando necessário, dispor de medidas terapêuticas com o objetivo de postergar a chegada do pequeno. Isso porque os especialistas estão cansados de saber que o fruto de um parto precoce, aquele que se antecipa à 37a semana, costuma sofrer para ingressar no mundo pósbarriga. “A prematuridade é a principal causa de morte e complicações dos recém-nascidos”, afirma o obstetra Roberto Bittar, do Hospital das Clínicas de São Paulo.

Nesse cenário, a ideia de pesquisadores sediados em Gotemburgo, na Suécia, foi analisar um painel de proteínas encontradas no colo do útero e no líquido amniótico que acusam se a gestação se encerrará antes dos nove meses. Em um trabalho publicado no periódico do Colégio Americano de Obstetrícia e Ginecologia, eles mostraram, após avaliar 89 mulheres, que o teste de rastreamento dessas substâncias teria uma eficiência de 90%. Quando o resultado é positivo, há razões suficientes para os especialistas interferirem para segurar os eventuais bebês apressados.

A identificação desses marcadores de risco abre caminho a um exame ainda mais preciso para o pré-natal. Talvez nem todas as gestantes necessitem se submeter a ele um dia — que seja útil apenas às pacientes de risco. “Tudo vai depender do custo/benefício”, opina o obstetra Tenílson Amaral Oliveira, do Hospital Israelita Albert Einstein, na capital paulista. A vantagem seria apontar com maior precisão, entre aquelas em pretenso trabalho de parto, quem, de fato, vai dar à luz mais cedo.

Já na Inglaterra, cientistas do Imperial College London desvendaram uma proteína-chave no desenrolar desse quadro. Eles notaram que a substância comanda um processo inflamatório responsável por contrações anormais do útero. E conseguiram brecar, em laboratório, as reações disparadas por ela. Até que o mesmo resultado se concretize no corpo feminino, há alguns anos pela frente. O desafio não é pequeno devido à complexidade do assunto. “Ainda estamos longe de saber tudo o que está relacionado ao trabalho de parto prematuro”, diz Bittar.

Embora a maioria dos partos prematuros seja espontânea, uma parcela é induzida pelos próprios especialistas. “Em 25% dos casos o médico opta por interromper a gestação antes dos nove meses”, estima Bittar. “É uma prematuridade terapêutica, porque o objetivo, aí, é salvar a vida da criança”, justifica o obstetra Soubhi Kahhale, do Hospital e Maternidade São Luiz, em São Paulo.

O procedimento, também adotado se a gravidez oferece perigo à mãe, entra em cena quando uma doença materna impõe sofrimento ao pequeno. “A hipertensão, por exemplo, dificulta o fluxo sanguíneo para o feto, diminuindo o fornecimento de oxigênio e nutrientes e oferecendo até ameaça de morte”, explica o obstetra Olimpio Barbosa de Moraes Filho, da Universidade de Pernambuco.

Por isso, é imprescindível escoltar a gestação e suspeitar do que interfere em seu desfecho precoce — espontâneo ou não. Afora o acompanhamento clínico, hoje existem dois exames que visualizam o adiantamento da cegonha. Esses métodos costumam ser preconizados, a partir da 22a semana, a gestantes de risco, que já tiveram partos prematuros ou com dores e contrações intensas. O primeiro se vale de um ultrassom para medir o colo do útero. “Quanto menor o tamanho, maior a chance de um parto prematuro”, resume Tenílson Oliveira.

E o segundo é a dosagem de fibronectina, uma proteína coletada na vagina que indica a probabilidade de um nascimento ser capaz de furar o calendário. Normalmente, esse dedo-duro fica colado à membrana que recobre o feto. “Quando ela começa a desgrudar por causa das contrações, a fibronectina se desprende em direção à vagina”, explica Oliveira. “Se o resultado do teste for negativo, a chance de a paciente ter parto prematuro é menor que 1%”, conta Bittar. O problema é a situação inversa. “O exame resulta em muitos falsos positivos. Metade das mulheres com uma resposta afirmativa não enfrentará um parto antes da hora”, reconhece Tenílson. Ainda assim, por precaução, a presença da tal proteína sugere um cuidado redobrado com a grávida, que, se preciso, deve ser hospitalizada.

Outra medida revolucionária na prevenção do parto precoce foi introduzida por uma equipe do Hospital das Clínicas paulistano há seis anos. Ela provou que o uso de progesterona natural, o hormônio que mantém a gestação, é uma estratégia segura e eficiente para prolongar a estada do bebê no útero. “A progesterona reduz em 50% o risco de prematuridade em mulheres com histórico do problema”, diz Bittar, que orientou os estudos. Ela deve ser aplicada diariamente na forma de uma cápsula introduzida na vagina. “Utilizado entre a 16a e a 36a semanas de gestação, o hormônio diminui as contrações do útero e é um anti-inflamatório local.”

Quando há fortes indícios de que o novo integrante da família chegará com antecedência, os médicos também lançam mão de recursos que visam ao menos adiar em até algumas semanas o fim da gravidez. “Hoje há drogas inibidoras de contração sem os efeitos colaterais do passado”, diz Kahhale. Sem falar em tratamentos que garantem o melhor desenvolvimento da criança. Tanto esforço faz sentido. “A melhor UTI neonatal é o ventre materno, desde que, é claro, ele não esteja prejudicando o bebê”, sentencia Kahhale.

Ioga para relaxar


Por ser uma modalidade de baixo impacto – que não sobrecarrega as articulações –, a ioga está entre as atividades mais indicadas para as gestantes. Os exercícios, por exigirem concentração e foco na respiração, deixam a mulher mais conectada ao próprio corpo e às mudanças dessa fase, promovendo a sensação de tranquilidade e bem-estar. “É comum as alunas relatarem que os movimentos do bebê ficam mais intensos durante as posturas de relaxamento. Isso acontece porque a conexão entre eles se acentua quando a mulher está relaxada”, explica a professora Adriana Fischer, especialista em ioga para gestantes do Estúdio Yoga Flow, em São Paulo.

E até mesmo quem nunca praticou pode começar a partir do segundo trimestre, sempre respeitando as restrições médicas. “É importante que a gestante procure aulas especialmente desenvolvidas para ela, pois assim encontrará mais conforto e segurança”, diz Adriana.

Benefícios físicos
Além de melhorar a postura, e consequentemente diminuir as dores nas costas, a ioga fortalece a musculatura pélvica – muito exigida na hora do parto – e aumenta a flexibilidade dos quadris e das pernas.

Restrições
Durante a gravidez, as posturas que exigem torção do abdômen e as que são realizadas de barriga para baixo estão proibidas. O mesmo vale para as invertidas (cabeça para baixo), pois podem comprimir o cordão umbilical ou causar pressão no diafragma. Nenhum exercício deve pressionar a região abdominal ou exigir a retenção da respiração.

O que você pode ou não fazer na praia ou na piscina

casal gestante na praia
 
 
 
1.Posso tomar banho de mar?
Pode, desde que tome algumas precauções. “Para evitar um esforço muito intenso e o risco de quedas provocadas por ondas fortes, a gestante não deve nadar em áreas profundas. Recomendo que o nível da água fique na altura do joelho”, diz Yuri Andrei Dutra Sampaio, ginecologista e obstetra do Hospital São Luiz, de São Paulo. Outro cuidado a ser tomado é permanecer de costas para as ondas para que não haja choque direto com a região do abdômen. É bom lembrar que a permissão para banho de mar é válida para as gestações de baixo risco. Gestantes com perigo de abortamento no primeiro trimestre, hipertensas ou com qualquer outra restrição devem conversar com o médico antes.


2.Posso entrar na piscina?
Não há problema em tomar banho de piscina se a movimentação na água for moderada. Use sempre o bom senso e tudo correrá bem. “O banho de lazer na piscina deve ser sem atividade física, apenas para relaxar. Quem deseja fazer exercício deve procurar aulas de hidroginástica com um profissional especializado”, orienta Sampaio.
 
 
3.Posso brincar com meu filho mais velho?
Mais uma vez, vale o bom senso. Na areia da praia, nada impede a brincadeira de cavar com pá e baldinho, por exemplo. Já jogar frescobol costuma exigir muito esforço e colocá-la na zona em que uma bolada pode atingi-la. Melhor evitar. Na piscina, ficam proibidos saltos, mergulhos de cabeça, ir até o fundo para pegar objetos e qualquer outro movimento brusco ou exagerado. Brincar com cautela e na superfície da água está liberado.
 
 
4.Posso tomar sol?
Os cuidados com a exposição ao sol devem ser redobrados durante a gravidez. “A pele da gestante é mais sensível, por esse motivo ela deve optar por um protetor solar com fator de proteção máximo e evitar os picos de sol”, esclarece o obstetra Yuri Sampaio. “O sol deve ser aproveitado no começo da manhã e no final da tarde, sempre com protetor solar e sem se esquecer do chapéu e do guarda-sol”, reforça Eduardo de Souza, professor do Departamento de Obstetrícia da Universidade Federal de São Paulo. Todos esses cuidados impedem que os raios solares incidam diretamente sobre a pele e minimizam o risco do aparecimento das manchas características dessa fase.


5.Posso comer quitutes de praia?
Os médicos são categóricos: melhor não consumir produtos vendidos por ambulantes. Isso porque raramente se pode confiar na procedência desses alimentos. Sem contar que muitos desses quitutes são frituras, como os famosos espetinhos de camarão. “A grávida deve evitar alimentos gordurosos porque seu ritmo digestivo é mais lento e ela é mais suscetível a problemas intestinais”, resume Yuri Sampaio.
 
 
5.Posso comer quitutes de praia?
Os médicos são categóricos: melhor não consumir produtos vendidos por ambulantes. Isso porque raramente se pode confiar na procedência desses alimentos. Sem contar que muitos desses quitutes são frituras, como os famosos espetinhos de camarão. “A grávida deve evitar alimentos gordurosos porque seu ritmo digestivo é mais lento e ela é mais suscetível a problemas intestinais”, resume Yuri Sampaio.
 
 
7.Posso tomar uma cerveja?
“A grávida pode fazer um brinde, mas não é aconselhável ingerir bebida alcoólica em grande quantidade. É totalmente contraindicado e perigoso o uso sistemático e diário de álcool”, alerta o obstetra Eduardo de Souza. Segundo o médico Yuri Sampaio, dois copos pequenos de cerveja por dia é a dose máxima aceitável.
 
 
8.O biquíni molhado pode trazer problemas?
A roupa de banho úmida em contato com o corpo por muito tempo pode causar infecções na vulva e na vagina de qualquer mulher. No caso da gestante, é ainda mais perigoso porque a gravidez a deixa mais sujeita a doenças como a candidíase vaginal. O ideal é não permanecer com o biquíni molhado por muito tempo.
 
 
9.Posso viajar para a praia sem risco para minha pressão?
O obstetra Eduardo de Souza explica que a mudança de altitude pode trazer uma ligeira baixa na pressão arterial, mas ela pode ser combatida com alimentação fracionada a cada hora e ingestão de líquidos. E lembre: no último mês de gravidez, não é aconselhável viajar para lugar algum. Os deslocamentos por estrada são proibidos pelos médicos, por isso, o melhor mesmo é ficar quietinha em casa.


10.O calor pode aumentar o inchaço?
Com certeza, sim, porque a alta temperatura provoca a dilatação do sistema venoso. Entretanto, algumas estratégias ajudam a combater o inchaço. Procure não ficar muito tempo sentada nem em pé, imóvel. Caminhadas leves também minimizam o problema. Além disso, reduza a quantidade de sal na comida. Na areia da praia ou na borda da piscina, sente-se e estique as pernas sobre outra cadeira.
 
 
 

Remédios e gestação: uma mistura perigosa

barriga de mãe

"Não tome remédio sem prescrição médica. Leia a bula." Quem já não escutou estas frases ao menos uma vez na vida? Embora elas sejam repetidas exaustivamente, as futuras mães brasileiras não estão dando a devida importância a estas recomendações. Foi o que constatou um estudo realizado pela Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP), da Universidade de São Paulo. A pesquisa envolveu 699 mulheres com mais de 30 semanas de gestação.

De acordo com a pesquisa, 60% das entrevistadas simplesmente não haviam sido orientadas sobre o que poderiam usar em caso, por exemplo, de uma cólica. Com base na classificação da Food and Drug Administration (FDA), órgão regulador de medicamentos nos Estados Unidos, os princípios ativos são divididos em cinco grupos: A, B, C, D e X. Sendo o A composto por remédios que não oferecem risco algum e o X, por drogas que têm efeitos negativos para o bebê –vão do aborto a má-formação. No estudo, que foi a dissertação de mestrado da farmacêutica Andrea Fontoura, os resultados foram inquietantes: “A maioria das mães utilizava alguma substância dos grupos A e B e cerca de 14% fazia ingestão regular de remédios de risco C – muitos dos quais apresentaram efeitos que interferem no desenvolvimento do bebê, pelo menos em pesquisa com cobaias”, conta a farmacêutica.

Você deve estar se perguntando quais são os remédios que entram em cada uma dessas categorias. E, ao contrário do que se imagina, nem todos os vilãos são medicamentos de tarja vermelha e preta. Analgésicos, remédios para gastrite, para micoses, e inclusive antitérmicos populares engordam esta perigosa lista. Até alguns complexos vitamínicos, bem recomendados a gestantes, quando apresentam excesso de iodeto de potássio entram para a categoria de risco C.

“A gestante precisa interrogar seu ginecologista e procurar pelo farmacêutico na hora de comprar algo. Ambos profissionais estão aptos a orientá-la”. E, claro, nada de aceitar sugestões de remédios de amigas, o que funciona para um organismo pode produzir um efeito totalmente adverso a outro. “É preciso promover um uso racional de medicamentos”, defende Andrea Fontoura.

Gravidez: 50 perguntas e respostas



1.Como sei que estou grávida?
O enjoo matinal, muitas vezes acompanhado de vômito, pode surgir antes mesmo do sintoma principal, que é o atraso menstrual. Costuma ser o aviso mais comum da presença de gravidez. Além dele, são recorrentes a vontade de urinar a todo o momento, a azia, a prisão de ventre, a sonolência e o ganho de peso.

2.Estou no início da gestação e tive um pequeno sangramento seguido de cólica. Isso é normal?
Cada caso é um caso. Pequenos sangramentos no início da gravidez podem ser fisiológicos ou não. Para tirar qualquer dúvida – ou seja, saber se há ou não ameaça de abortamento –, procure seu médico para realizar um exame chamado ecográfico transvaginal.


3.O que posso fazer para reduzir os enjoos?
Evite comidas condimentadas e grandes refeições. Duas dicas bastante úteis: opte por alimentos mais secos e cumpra intervalos de duas ou, no máximo, três horas entre as refeições. Se o enjoo surge já pela manhã, ao escovar os dentes, deixe para fazer a higiene bucal após o desjejum.


4.Até quando vou ficar enjoada? Até o final da gravidez?
Os enjoos costumam desaparecer assim que o organismo se habitua às alterações hormonais da gravidez, o que costuma ocorrer ao final do primeiro trimestre de gestação.

5.Tenho muita dor de cabeça. É normal?
É comum as gestantes apresentarem dores de cabeça, principalmente quando já sentiam muitas enxaquecas antes de engravidar. Porém quaisquer sintomas mais intensos – como cefaleias diárias e insuportáveis – merecem investigação. Dores assim não são consideradas reações habituais da gravidez.
 
6.Por que estou sentindo tanta fome?
Principalmente porque há um ser crescendo dentro de você e ele também precisa ser alimentado. Mas isso não quer dizer que a mãe tenha de comer por dois. Ao contrário, é fundamental administrar essa fome. Para controlá-la, procure fazer várias pequenas refeições ao longo do dia: café da manhã, lanche, almoço, lanche, jantar e ceia. Para impedir o aumento excessivo de peso, evite o excesso de carboidratos e gorduras. A base de todas as refeições deve ser um filé de carne magra, ave ou peixe, verduras e frutas.


7.Por que sinto desejo de comer coisas estranhas?
Por uma questão exclusivamente emocional. Tem a ver com a gravidez, o parto e o desafio de ser mãe. Não por acaso, costuma ocorrer na primeira gravidez. Seja como for, desde que não seja um alimento prejudicial ao organismo, satisfaça seu desejo sem medo. Até porque, conforme for ganhando confiança em si, esse sintoma tende a desaparecer.

8.Estou grávida e ainda amamento meu primeiro filho. Isso pode ser prejudicial à minha gravidez?
Absolutamente não. Apesar de a amamentação provocar contrações uterinas, não há com o que se preocupar. Continue amamentando normalmente. Contudo, se sentir cólicas intensas durante as mamadas, suspenda o aleitamento imediatamente e procure seu obstetra. Esse quadro específico de dor pode ser um alerta de risco à gestação.


9.Quando minha barriga vai começar a aparecer?
A barriga começa a se tornar mais saliente a partir do quinto mês de gestação.


10.A partir de quantas semanas é possível ouvir o coração do bebê?
Depende do instrumento. Os batimentos cardíacos são audíveis já a partir da quinta semana com o uso do ultrassom, bastante comum nas clínicas de obstetrícia. Entre 12 e 14 semanas de gestação, é possível ouvir o coraçãozinho do bebê com outro equipamento, o sonar Doppler. Há ainda um terceiro aparelho, o estetoscópio Pinard, que registra os batimentos cardíacos entre a 20ª e a 22ª semana.

11.Com quantos meses posso saber o sexo do bebê?
O mais comum é saber o sexo da criança na 16ª semana com o uso do ultrassom, embora existam exames mais específicos, que permitem descobrir isso antes, já a partir do segundo mês de gravidez.


12.Meu bico é invertido. Posso amamentar mesmo assim?
Os mamilos invertidos dificultam, mas não impedem a amamentação. Normalmente, a criança abocanha o bico e a aréola (área mais escura do seio) na hora de mamar. O que acontece é que a ausência de uma saliência pode complicar a chamada “pega correta” e atrapalhar o mecanismo de sucção. Mas existem soluções para esse impasse. O médico poderá indicar à mãe exercícios locais específicos, feitos com os dedos, para retomar a protrusão (esse é o nome!) dos mamilos. Excepcionalmente, existe ainda a possibilidade de uso dos bicos “intermediários” de silicone macio. Em alguns casos, pingar um pouco de leite na região do mamilo também pode ajudar a estimular a criança a sugar com mais intensidade, compensando a ausência do bico.


13.Meus seios estão doloridos e às vezes esguicham leite. Devo me preocupar?
Mesmo não sendo muito frequente, isso é normal, principalmente no último mês de gestação. Portanto, não se preocupe. Encare a situação com naturalidade. Esse é só mais um sinal de que você está pronta para alimentar seu filho. Procure apenas ser mais delicada ao tocar os seios, para evitar a dor, e limpe com um papel do tipo toalha ou lenço o leite que esguichar. Importante: nesta fase, não se deve retirar o leite com sugadores, o que estimularia a produção de leite e intensificaria a drenagem.

14.Posso passar creme contra estrias nos seios?
Pode e deve, pois a superfície dos seios é uma área bastante propensa a desenvolver estrias. O cuidado que deve ser tomado é nunca passar o produto sobre a aréola nem sobre o mamilo.

15.O óleo de amêndoa é suficiente para evitar o surgimento de estrias?
É impossível prever ou prevenir o surgimento de estrias com 100%o de eficácia. Agora, o uso de produtos hidratantes, como é o caso do óleo de amêndoas, pode ajudar, sim, a preveni-las.

16.Quando vou começar a sentir o bebê mexer?
Gestantes de primeira viagem costumam sentir os movimentos fetais a partir da metade da gravidez, o que significa quatro meses e meio, ou 20 semanas. As que já engravidaram antes costumam perceber esses movimentos mais cedo, em geral em torno dos quatro meses.  


17.Como vou saber que meu bebê está mexendo? Qual é a sensação?
Converse com outras mães. Só quem já engravidou consegue descrever a sensação com detalhes: inicialmente são como pequenos tremores na barriga, que aumentam de intensidade até a sensação de verdadeiros chutes dentro do abdômen.

18. Como calculo a semana de gestação?
Simples. Faça a contagem a partir do último dia da menstruação e considere que a gravidez tem 280 dias, ou 40 semanas. Mas não misture o cálculo das semanas com o dos meses. Isso porque quatro semanas tem 28 dias, e não um mês.

19.Sinto muita cãibra. O que faço?
Não há uma explicação definitiva para a origem das cãibras. Alguns acreditam se tratar de um desequilíbrio na quantidade de sais minerais circulantes no sangue, principalmente fósforo e cálcio. Outros alegam carência de potássio. Nada disso, porém, tem comprovação científica. O que ajuda a evitá-las, ou aliviá-las, são massagens nas pernas, nos tornozelos e nos pés, assim como movimentos de flexão e extensão dos pés e suas articulações (artelhos).



20.Se eu sinto alguma dor, o bebê também sofre?
Fique tranquila. Não há nenhuma relação entre suas dores, sejam elas de cabeça, de barriga ou outras, e o bebê.


22.Estou com dor de dente. Posso ir ao dentista normalmente?
Não só pode como deve. Cáries e gengivites são mais comuns em gestantes. Isso acontece em função das alterações que a produção dos hormônios da gravidez promove nas gengivas, tornando-as foco de eventuais – e particularmente indesejáveis nesta fase – infecções bucais.


23.Quantos quilos posso engordar?
O ganho de peso é extremamente importante durante a gravidez, mas é preciso regular a fome de leoa que se inicia no segundo trimestre. Vale a pena procurar a orientação de um nutricionista. Mesmo porque o regime de engorda na gestação deve ficar entre nove e 12 kg, com variações para mais ou para menos, conforme o IMC (Índice de Massa Corpórea) da mulher antes de engravidar.

24.Tenho fator Rh positivo, e meu marido, negativo. Há algum problema nisso?
Nenhum problema. A isoimunização Rh, também conhecida como doença hemolítica perinatal, que gera uma reação imunológica da mãe contra o feto, pode acontecer justamente se a situação for contrária: gestante Rh negativo, e marido e bebê, Rh positivo. Nesse caso, a mãe pode produzir anticorpos contra o fator Rh presente no sangue do feto, na gestação ou no parto. Mas isso quase não acontece mais, tornou-se uma condição perfeitamente evitável. Basta a aplicação de um soro especial (a imunoglobulina anti-Rh), hoje realizada na 28ª semana de gestação e até 72 horas antes do parto, conforme a orientação do obstetra.


25.Posso carregar meu outro filho no colo?
Melhor evitar. Não que não possa. Sem nenhum impedimento clínico, você poderá carregar uma criança leve e pequena sem problemas. Mas procure delegar essa função para outras pessoas sempre que possível. Até porque você irá se cansar com mais facilidade. Pegue-a no colo quando estiver sentada, evitando carregá-la enquanto caminha.

26.Meu marido faz uso de drogas, principalmente maconha e cocaína. Isso pode fazer mal para o bebê que estou esperando?
Sem dúvida. Ele é um risco potencial para a gestante. Primeiro porque o dependente de drogas, ilícitas ou álcool, costuma ter comportamentos de risco, podendo se infectar com os mais variados agentes microbianos (HIV, hepatite, sífilis e por aí vai) e transmiti-los à gestante e ao bebê. Além disso, viciados são mais suscetíveis a desequilíbrios emocionais e doenças psíquicas, o que pode se traduzir em violência, falta de apoio à mulher, reclusão social e outras situações pouco saudáveis para eles e às pessoas que os circundam. Fale sobre isso com seu médico.

27.Estou no final da gestação e muito ansiosa. O que posso fazer para me acalmar? Minha ansiedade pode acelerar o parto ou fazer mal para o bebê?
A ansiedade faz parte da gestação, principalmente quando o parto se aproxima. Manter o equilíbrio emocional é o melhor remédio. Mas, se for realmente necessário, alguns medicamentos ansiolíticos podem ser usados. Claro, com a orientação de seu obstetra. Em relação à aceleração do parto, esqueça. Ela independe do grau de ansiedade da mãe.

28.Estou muito inchada. Devo me preocupar?
O inchaço é muito comum no final da gestação, especialmente nos membros inferiores. Agora, se ele acontece de forma generalizada, pode indicar problemas graves, como uma doença hipertensiva específica da gravidez chamada pré-eclâmpsia. Portanto, nessas circunstâncias, procure seu obstetra o mais rápido possível.

29.Quando é feito o exame de toque?
O toque vaginal pode ser feito em qualquer consulta. Esse procedimento permite que o médico avalie as condições do seu colo de útero. Salvo casos excepcionais, como hemorragias genitais não esclarecidas, não há a contraindicação para a sua realização.

30.Tenho tido muitas dores nas costas. O que posso fazer para aliviá-las?
Massagens são bem-vindas desde que realizadas por profissionais habilitados para o serviço. Lembre-se de que a coluna vertebral é bastante sobrecarregada durante a gestação. Se as dores forem insuportáveis, pode-se ainda utilizar analgésicos. Mas, diante de um quadro de dor persistente, é importante averiguar se não há nenhum problema de coluna mais grave.

31.É normal ter corrimento na gestação?
Muito comum. Durante a gestação, sobretudo nas semanas finais, os hormônios fazem com que a descarga vaginal aumente consideravelmente. Procure apenas monitorá-la. É que esses corrimentos favorecem infecções. Por isso, diante de desconforto, irritação, coceira ou odor desagradável, marque uma visita ao ginecologista.

32.O que faço para reduzir a azia?
Procure fracionar sua alimentação. Ou seja, coma menos quantidades mais vezes. Evite gorduras e prefira alimentos de fácil digestão, como cereais, frutas, verduras e legumes.

33.Meu marido é gêmeo. Existe alguma possibilidade de eu ter filhos gêmeos?
Certamente. Na verdade, as chances aumentam quando o pai tem um irmão gêmeo ou há casos na família dele.

34.É normal fazer muito xixi e o tempo todo?
Dentro de alguns limites, é absolutamente normal. Tome como referência o seu padrão de idas ao banheiro e considere um aumento natural delas durante a gestação motivado por questões hormonais e físicas. Fique atenta apenas ao cheiro forte e a quantidades muito exageradas de xixi, pois podem indicar infecção ou diabete gestacional.

35.Não consigo evacuar. Existe solução para isso? Posso tomar algum remédio?
A primeira recomendação é ingerir fibras, muitas fibras, e água. Atividade física de baixa intensidade também é recomendável. Se não funcionar, seu médico pode indicar remédios laxativos naturais, que podem ser diluídos em água ou suco.

36.Tenho me sentido triste. Sempre quis ser mãe. Por que estou me sentindo assim?
Um dos efeitos colaterais da enxurrada hormonal da gravidez é justamente uma melancolia passageira, rápida e contornável. Não se preocupe com ela. Agora, se for depressão pós-parto, a situação muda. Nesse caso, é preciso uma avaliação médica. Dependendo da intensidade, ele pode indicar medicação e até internação.


37.Até quando posso dirigir?
A mãe corre riscos desnecessários ao dirigir durante o último trimestre da gestação. Nesta fase, ela perde alguns de seus reflexos e passa a enfrentar mais dificuldade para executar movimentos bruscos e rápidos. Por isso, o bom senso manda que as gestantes larguem a direção à medida que o parto se aproxime.


38.Estou sentindo um pouco de faltar de ar. É normal?
Sim, é normal. A gravidez provoca o aumento natural tanto dos batimentos cardíacos quanto da respiração. Isso acontece porque a presença do bebê, além de sobrecarregar o coração e o pulmão da mãe, leva ao aumento do volume abdominal, empurrando o diafragma para cima e criando a situação de falta de ar.

39.Posso dormir de barriga pra baixo?
Dormir de bruços é uma postura inadequada para qualquer pessoa. Mas, durante o primeiro trimestre da gravidez, deitar-se sobre a barriga não causa problemas ao feto. Depois disso, quando o abdômen já está mais saliente, a mulher não deve dormir nessa posição. Na verdade, nem que ela queira se sentirá à vontade para fazê-lo.


40.Estou sem vontade de me relacionar sexualmente com meu marido. Isso é normal?
A eventual falta de apetite sexual deve ser encarada como uma resposta natural do corpo da mulher diante de uma nova situação. A grande quantidade de hormônios, a ansiedade que alguns casais apresentam em torno da saúde do bebê e a dificuldade de se movimentar quando o abdômen já está muito volumoso ajudam a explicar esse desinteresse provisório.


41.Se eu tiver relações sexuais, meu bebê pode ser prejudicado?
Em condições normais, o sexo pode ser praticado em qualquer fase da gravidez sem nenhum malefício para o bebê. O ideal é que ele aconteça de acordo com os hábitos dos casais e com reciprocidade. Somente diante de situações especiais, como hemorragias e ameaça de parto prematuro, a mulher deve interromper suas atividades sexuais. Uma curiosidade: o esperma estimula as contrações.
42.Às vezes, minha barriga coça demais. O que é isso?
O estiramento da parede abdominal pode causar comichões, mas é importante o acompanhamento médico para avaliar as alterações de pele.


43.Estou sentindo muita preguiça e sono. Tudo bem?
A gestante está inundada em progesterona, e isso determina uma série de alterações em seu organismo, entre as quais o aumento do sono e a preguiça. Faz parte!


44.De quanto em quanto tempo posso fazer um ultrassom?
A mãe deve fazer o ultrassom, no mínimo, três vezes durante a gestação. Em média, as mulheres repetem o exame cinco vezes. Mas, em casos de gravidez de alto risco, o médico pode pedi-lo mensal ou quinzenalmente.
45.Quais as chances de eu ter um bebê com síndrome de Down?
Mulheres com idade avançada têm mais chance. Aos 20 anos, o risco é de um para 2 mil. Aos 35, chega a um para 200. Isso se deve ao aumento da proporção de óvulos com conteúdo genético alterado. Ou seja, a quantidade de óvulos sem alteração genética disponíveis para fecundação cai com o passar dos anos.


46.Até quantas semanas uma gestação pode ir?
O tempo previsto é de 40 semanas. Há médicos que esperam até 42, mas o limite deve ser 41. O envelhecimento da placenta pode comprometer tanto a circulação do sangue como a troca de nutrientes entre o bebê e a mãe. Essa situação é arriscada para a criança. Para a mulher, o problema seria apenas o tamanho do bebê.


47.Como sei que estou entrando em trabalho de parto?
Quando começam as contrações. O abdômen endurece e você sente dores por entre 30 e 40 segundos a cada cinco minutos. Parece cólica. Outro sinal é o rompimento da bolsa, que causa uma molhadeira daquelas. Vá para a maternidade também se o bebê passar a se mexer menos que o habitual.
 
 
48.Quando o bebê encaixa?
A mulher não tem como saber. Somente um exame clínico é capaz de revelar se há a dilatação.


49.A mulher não tem como saber. Somente um exame clínico é capaz de revelar se há a dilatação.
Com certeza, sim, porque a alta temperatura provoca a dilatação do sistema venoso. Entretanto, algumas estratégias ajudam a combater o inchaço. Procure não ficar muito tempo sentada nem em pé, imóvel. Caminhadas leves também minimizam o problema. Além disso, reduza a quantidade de sal na comida. Na areia da praia ou na borda da piscina, sente-se e estique as pernas sobre outra cadeira.
 
 
50.Quanto tempo depois de a bolsa estourar o bebê nasce?
Depende da dilatação e da idade gestacional da criança. Quanto menor o bebê, mais rápido é o parto. É claro que o médico deve monitorar a situação para evitar infecções. Mas, em geral, o bebê nasce até 18 horas após a bolsa estourar.







quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Dez problemas de saúde comuns na gravidez

Grávida preocupada



o1.

Causa
Durante a gravidez, o volume sanguíneo que circula pelo corpo aumenta cerca de 60%. Esse fenômeno favorece a retenção de líquidos, o que provoca o tão indesejado inchaço em boa parte das gestantes. Nessa hora, é importante ficar atenta ao peso. O recomendável é que as grávidas ganhem de 500 g a 1,5 kg por mês.

Solução
Se o inchaço for demasiado, é preciso reduzir a ingestão de sal, que contribui para a retenção de líquidos. Além disso, para não engordar além da conta, é necessário manter uma alimentação balanceada e praticar uma atividade física regular – desde que não haja uma contraindicação para isso.


2. Nariz entupido

Causa
O aumento do volume sanguíneo, associado aos estímulos hormonais próprios da gestação, pode levar ao acúmulo anormal de líquidos nas mucosas nasais. É justamente a formação desses edemas que faz com que a mulher fique fungando mesmo sem estar gripada.

Solução
Assoar e limpar o nariz com água são medidas quase instintivas de qualquer gestante que sofre com congestionamento nasal. O problema é que nem sempre essas medidas são suficientes. Se você não dorme direito e tem muita dificuldade para respirar, tente fazer uma inalação de soro fisiológico ou vapor. Caso persista o desconforto, existem medicamentos que podem ser usados com moderação e sob orientação médica, caso dos vasoconstritores, que são aplicados diretamente nas vias nasais em forma de soro.


3. Dores

Causa
O bebê precisa de espaço para crescer. Por isso, a cada etapa da gestação, o útero se expande e provoca desconfortos. Basicamente, ele repuxa ligamentos e comprime vísceras, causando dores lombares, abdominais e laterais. O incômodo não é contínuo. Manifesta-se de forma mais aguda durante o período de acomodação dos órgãos, mas depois tende a perder intensidade, até cessar. Por causa disso, é comum que a mulher tenha, durante os nove meses, entre 15 a 20 surtos de dor.

Solução
Se a sensação dolorosa for insuportável, os médicos costumam prescrever analgésicos apropriados para gestantes – vale ressaltar que apenas seu obstetra pode receitá-los. Pensar que em alguma hora as dores passam também pode tornar a convivência com elas menos sofrida.


4. Prisão de ventre

Causa
A progesterona produzida pela placenta para viabilizar a gravidez mexe com o corpo da mulher. Isso ocorre porque o hormônio sexual feminino tem incontáveis efeitos metabólicos. Um deles é o relaxamento muscular das paredes do tubo digestivo, o que dificulta o movimento peristáltico. Em outras palavras, deixa o intestino mais preguiçoso e provoca a famigerada prisão de ventre ou a dificuldade em evacuar.

Solução
Algumas mulheres já convivem com o problema e a gravidez apenas o agrava. Nesse caso, é importante seguir as orientações médicas. Comer mais fontes de fibras e beber bastante água – pelo menos 2 litros por dia – ajuda, e muito. Alimentos como mamão, laranja com bagaço, maçã com casca, verduras e grãos integrais, especialmente a linhaça, são boas pedidas para auxiliar o bom funcionamento do intestino. Quem preferir pode também incluir na dieta os leites fermentados e iogurtes. São os chamados probióticos, conhecidas armas no combate à prisão de ventre.


5. Tontura

Causa
A irrigação sanguínea da placenta reduz a força de vazão de todo o sistema circulatório da mulher. Resultado: cai a pressão arterial e a gestante enfrenta uma espécie de letargia. É como se um grande lago se formasse no meio de um rio tempestuoso e o deixasse mais calmo. Além de tontura, a grávida pode apresentar sonolência, indisposição e desmaios. Esse quadro normalmente se acentua no segundo trimestre da gravidez.

Solução
Existem medicamentos orais prescritos pelos médicos que podem ser carregados a tiracolo – os chamados vasoconstritores. Devem ser administrados naquelas situações em que a vista escurece ou há um mal-estar súbito. Deitar de lado e respirar fundo também são medidas recomendáveis. Para prevenir essa situação, evite fazer movimentos bruscos, como levantar-se rapidamente. 


6. Enjoo

Causa
As náuseas decorrem da adaptação do organismo da gestante à desarticulação hormonal. O aumento da produção da chamada gonadotrofina, substância que garante o crescimento da placenta, a manutenção da gravidez e o desenvolvimento do útero, é um dos responsáveis por esse fenômeno. O hormônio age no sistema nervoso central e, devido a fatores neurológicos, a mulher acaba vomitando.

Solução
Em geral, a partir do terceiro mês de gravidez, a produção de gonadotrofina cai, reduzindo e muito as indisposições. Para mulheres que sofrem demais com a situação, há os medicamentos antienjoo, que só devem ser ingeridos com a supervisão médica. Existem alguns truques que funcionam também. Um deles é comer alimentos secos em jejum, antes mesmo de se levantar da cama, como duas bolachas de água e sal. Essa medida simples neutraliza a acidez do estômago e reduz o enjoo matinal. Outro truque muito utilizado é consumir gelo picado. Você pode fazer isso usando um pano e um martelo para amassar as pedras. O gelo dilata a saída do estômago e ajuda a esvaziá-lo, aliviando a sensação de desconforto.


7. Varizes e Hemorroidas

Causa
Com o aumento do volume sanguíneo, os vasos periféricos tendem a se tornar mais visíveis. Paralelamente, a veia que transporta o sangue do abdômen e dos membros inferiores para o coração, chamada de cava inferior, pode sofrer compressão conforme o útero se expande. Esse quadro costuma levar à estagnação do sangue, favorecendo a formação de varizes, principalmente nas pernas e nas veias do ânus, as populares hemorroidas.

Solução
Para prevenir varizes, o ideal é usar meias elásticas de média compressão, que atenuam a dilatação dos vasos sanguíneos das pernas. No caso do surgimento de hemorroidas, o mais indicado é um banho de assento, que reduz o inchaço e o desconforto: sente cinco minutos em água bem quente e depois mude para água bem gelada. E preste atenção na consistência de suas fezes porque a prisão de ventre acentua as hemorroidas.


8. Corrimentos

Causa
Há o aumento natural de secreção vaginal durante a gestação. O principal motivo é hormonal, uma vez que a progesterona mexe com o metabolismo das mucosas do canal urinário. Além de irritar a pele, o corrimento também pode ter odor forte.

Solução
Um banho de assento com 1 litro de água e 2 colheres de bicarbonato de sódio é capaz de neutralizar a acidez vaginal e reduzir a produção das secreções por três ou quatro dias. Mas é preciso repetir a operação sempre que houver necessidade. No entanto, é importante ficar atenta a esse tipo de problema. Caso o corrimento tenha coloração mais amarelada e cause desconforto, procure seu médico. Infecções vaginais podem levar a um parto prematuro.


9. Azia e refluxo

Causa
Os efeitos hormonais que relaxam a musculatura do tubo digestivo não são responsáveis apenas pela prisão de ventre. Associados à mudança de angulação do canal digestivo em função do aumento do útero, eles também podem provocar o refluxo gastresofágico. Ou seja, o retorno do conteúdo do estômago para o esôfago seguido de azia ou inflamação. É aquela sensação de acidez e ardor de que muitas grávidas se queixam.

Solução
Evite frituras, alimentos gordurosos ou muitos doces, cafeína e pimenta, além de álcool e cigarro. Outra medida que ajuda a reduzir o incomodo é não ingerir líquidos durante as refeições. E mais: procure sempre fracionar a alimentação e nunca deitar após comer. Diante da queimação, é preciso ingerir soluções com ação antiácida, mas caberá a um médico de sua confiança definir qual é a melhor opção.


10. Manchas na pele

Causa
É normal, nessa fase, a concentração de melanina, que é uma pigmentação escura, em áreas como auréolas dos seios, axilas, rosto, região genital e linha média do abdômen, aquela que delimita o umbigo. A melanina também aumenta a sensibilidade da pele ao sol.

Solução
Não se expor aos raios solares sem necessidade e, quando fizer, usar protetor solar e chapéu. Após o parto, as manchas costumam diminuir de intensidade e desaparecem com o passar do tempo.