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Portal do Bebê

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

De volta ao batente

Não é porque você vai retomar a vida profissional que o vínculo com seu bebê precisa diminuir

               


O fim da licença-maternidade é um momento que causa muita ansiedade para as mães. Ter de se separar do filho por várias horas seguidas e não saber como dar continuidade ao vínculo tão especial que vem se fortalecendo desde a gravidez é motivo de grande preocupação para a maioria. "A criança se adapta facilmente a qualquer situação, mas para a mãe costuma ser mais complicado. É uma fase delicada, de muita ambiguidade. Algumas até querem muito retomar a vida profissional, mas se sentem divididas", observa Mariana Tezini, psicóloga da Casa Moara, especializada em terapia de família.

Para o baque ser menor, não existe receita de bolo, como tudo o que diz respeito à maternidade. "É importante estar inteira com o bebê nos momentos que tiver para ficar com ele", ressalta Mariana. Isso pode significar a mudança de alguns antigos hábitos. Por exemplo: muitas profissionais chegam em casa e continuam trabalhando pelo computador, checando e-mails até pouco antes de dormir. Com o nascimento do filho, isso terá que ser deixado de lado. Claro que não é preciso se martirizar se houver algo urgente para checar ou resolver depois do expediente. A questão é avaliar a real necessidade dessa demanda. Quando o trabalho fora do horário se torna uma rotina desnecessária, pode roubar momentos preciosos, que pai e mãe teriam para ficar com seus filhos.

Horinhas sagradas


Tente estar presente em algum momento especial da rotina da criança, como a hora do banho ou de ir para a cama. São rituais que trazem segurança para o bebê e podem proporcionar uma intensa troca de afeto entre mãe e filho: é a hora de tocar, massagear, embalar, ninar... Que tal se dedicar a esses momentos como se estivesse quase num estado meditativo, tentando esvaziar a mente de todo o resto e focando apenas no seu bebê? Não, não é fácil. Há a vida toda para administrar, as contas, o chefe, a família, a amiga com problemas. Mas, naquelas horinhas do dia que tem para ficar com seu filhote, procure fazê-lo por inteiro, consciente da importância dessa relação. Desligar celular, TV e notebook pode ajudar no processo. Não marcar reuniões no fim da tarde, para não atrasar a volta para casa, também é importante.

Lembre-se que seus colegas de trabalho sabem da sua condição de mãe recente. Não é precisa assumir o papel de vítima da situação, apenas combine um pouco mais de flexibilidade na hora de negociar prazos e horários. E, atualmente, as possibilidades profissionais não se limitam a um bom emprego com carteira assinada. "Hoje há outras alternativas, como o home-office ou o empreendedorismo materno. Em alguns casos, é possível flexibilizar a relação com o trabalho, mas isso é uma questão muito pessoal. O importante é saber que nada precisa ser definitivo", finaliza Mariana. No fim das contas, a maternidade pode ser um bom momento para avaliar também o seu lado profissional.

Socorro, tem um recém-nascido aqui!

Os primeiros dias do bebê em casa não precisam ser traumáticos - basta ter calma e pessoas com quem contar por perto

               


Os primeiros dias em casa com um bebê trazem um turbilhão de sentimentos à tona. As dúvidas e as angústias se somam ao cansaço físico e à sensação de que o que havíamos idealizado durante a gravidez caiu por terra. Enquanto tudo o que temos é uma barriga para acariciar, não fazemos ideia exata da mudança que está prestes a acontecer em nossa rotina.

O primeiro passo para lidar com esse sentimento de caos interno e externo é saber que ele é absolutamente normal. O nascimento de um filho mexe muito com nossas emoções e com nosso cotidiano. É mais do que esperado que isso nos abale por um tempo. O passo seguinte é tentar desmistificar alguns pontos e procurar desanuviar as angústias que afloram com mais frequência nesse período. A mais comum é sobre a amamentação. "Não dá para ver quanto o bebê mamou exatamente, não dá para ter certeza se aquele choro é de fome ou não. Há uma preocupação excessiva com isso. O que procuramos falar para as mães é que o alimento primordial que seus filhos precisam é o afeto delas, o contato físico", explica Celine De Kerchove, doula que participa de um grupo de apoio a mães no pós-parto.

Contar com uma rede de apoio nas primeiras semanas também é fundamental. "Conheço uma moça que montou uma espécie de escala de horários para que algumas amigas ficassem, cada uma num dia diferente, com o bebê. Dessa forma, ela conseguia descansar um pouco. Às vezes a mãe tem um pouco de dificuldade para organizar essa rede. Um dos papéis da doula nesse momento é ajudar nisso também", explica Celine. Para as mães de primeira viagem, é importante ter em mente que não há nada de errado em procurar ajuda nessa nova fase da vida. Vale a pena dividir suas dúvidas e angústias com a mãe, a sogra, a prima, a irmã. Você está lidando com um ser vivo totalmente dependente e, como ele não vem com um "guia de uso", é mais do que esperado sentir-se confusa.

Envolver-se com a própria gravidez e permitir-se vivenciar as transformações internas pelas quais passamos durante a gestação também é fundamental para que os primeiros dias na condição de mãe transcorram de maneira mais tranquila. Muitas grávidas estão tão tomadas pelas questões do "mundo lá fora" que não conseguem viver plenamente os momentos de introspecção que são tão necessários a fim de preparar o terreno para o turbilhão de emoções que virá pela frente. Acima de tudo, saiba que esse momento pode ser muito positivo para o crescimento pessoal. "Quando nos tornamos mães, temos um encontro inevitável com nós mesmas. Temos de encarar nossas sombras. Mesmo que não consigamos resolver todas, só o fato de saber que é normal que elas façam parte de nossa individualidade ajuda muito", conclui Celine.

Vínculo garantido

Mesmo quando não mama no peito, a ligação do bebê com a mãe pode ser muito forte

               


Não poder amamentar o filho costuma ser motivo de frustração para muitas mães. Em algumas situações, dar de mamar é algo que precisa ser deixado de lado por um tempo (por causa de uma infecção grave, por exemplo) ou mesmo definitivamente, como no caso de algumas doenças que poderiam ser transmitidas para o bebê pelo leite materno.

Muitas acreditam que a ligação afetiva entre mãe e filho pode ficar prejudicada quando o aleitamento não é natural e se penalizam por isso.

Mas o vínculo é algo que pode ser construído de muitas maneiras, independentemente da forma como o bebê é nutrido. "Mesmo quando dá o leite num copinho, que é o mais indicado quando se pretende voltar a oferecer o peito depois de um tempo, a mãe pode acariciar o filho enquanto o alimenta, olhar nos olhos dele, falar com ele. O ideal é que os dois estejam num lugar tranquilo e em contato pele a pele", explica Marlene Roque Assumpção, pediatra do IFF - Banco de Leite Humano.

E há os outros momentos do dia que podem ser aproveitados para se fortalecer o vínculo com o filhote: a hora do banho, da massagem, de ninar... A partir do momento em que um filho nasce, cada minuto pode ser uma oportunidade para nos ligarmos cada vez mais a ele.

Muitas possibilidades

Rever os rumos da vida profissional é algo cada vez mais normal para as mulheres que se tornam mães
               
 
 
 


No momento em que experimenta a maternidade, a mulher costuma colocar muitos aspectos da sua vida na balança: revê valores, reconsidera crenças, repensa rumos. A questão profissional normalmente é um dos quesitos que mais vêm à tona nessa fase de reflexão pós-parto. "Volto ou não volto da licença?" "Negocio com a empresa para trabalhar de casa ou viro uma mãe empreendedora?" Hoje, graças às novas tecnologias, que permitem que muitas atividades sejam realizadas de qualquer lugar (e viva a internet!), o leque de alternativas se tornou mais amplo para uma faixa considerável da população feminina.

Com tantas alternativas, muitas vezes as mulheres precisam de uma ajuda externa para tomarem uma decisão com segurança. É nessa hora que podem procurar um profissional de coaching, método que nada mais é que uma maneira de organizar as ideias de forma sistematizada, pesar prós e contras, e refletir sobre possíveis caminhos. "Para muitas mães, o período da licença-maternidade é o primeiro em muitos anos que elas têm para olhar para dentro. Trata-se de um processo de autoconhecimento profundo, em que muitas vezes a vontade de mudar de vida aparece com força", afirma Anna Márcia Gallafrio, coach, educadora perinatal e autora do blog Natural Coaching.

O bom é que dá para pesar bem todos os fatores de uma decisão relacionada ao futuro profissional mesmo quando não se conta com apoio especializado. Em primeiro lugar, ensina Anna, é importante ter momentos de introspecção e refletir. Depois, colocar todas as possibilidades na mesa, abrindo ao máximo o leque de oportunidades. A etapa seguinte é buscar apoio, em casa e fora dela, trocando ideias em fóruns de discussão, redes sociais e conhecendo o relato de outras mulheres que já passaram pela situação.

Para facilitar a vida de quem busca esse tipo de informação na rede, a jornalista Michelle Prazeres criou o blog Empreendedorismo Materno. Ela própria uma mãe empreendedora que repensou sua rotina de trabalho em razão da maternidade. "Negociei com meu empregador e comecei a trabalhar home-office. Quando meu filho estava com 3 meses, participei de um workshop de coaching que foi ótimo para desembaralhar tudo o que estava na minha cabeça. Sentia que vivia um momento de intensa criatividade, mas não sabia como organizar as ideias", conta. Além de optar por trabalhar em casa, Michelle resolveu criar o blog para ajudar outras mulheres que se veem na mesma situação. Ela publica entrevistas com mães empreendedoras, que contam como se deu o momento da virada em suas vidas, e divulga num banco de dados o trabalho de cada uma delas. "Muitas vezes as mulheres optam pelo empreendedorismo para acompanhar mais de perto o desenvolvimento do filho e acabam descobrindo um talento adormecido", finaliza Michelle.

Rotina ajuda a deixar os bebês mais seguros - e tranquilos

Se repararmos bem, bebês são seres altamente fisiológicos. E fisiologia, lembrando das aulas de biologia, é ritmo puro: há o momento de nutrir o corpo, de repousar, de eliminar o que não será mais utilizado pelo organismo...

               
 
 
 


Quando o dia a dia do pequeno é organizado de uma maneira minimamente rítmica, a vida dele (e, por tabela, de seus pais) fica mais tranquila. "Claro que não é o caso de transformar a casa num quartel, a vida não é uma engenharia, mas criar uma rotina para a criança desde cedo é muito bom para todos. Os pequenos se sentem seguros com isso", observa José Carlos Neves Machado, pediatra antroposófico.

Cada família tem sua estrutura e suas particularidades, mas sempre é possível estabelecer uma ordem para os eventos acontecerem na vidinha do bebê. Se ele toma banho no fim da tarde, mama e vai para o berço, o ideal é procurar manter essa sequência diariamente. Num dia de festa, obviamente, tudo sai um pouco do eixo, ninguém precisa se desesperar por causa disso nem abandonar de vez a vida social. O que não é legal é nunca ter hora para comer ou para dormir, por exemplo.

"Outro ponto importante é aquietar a casa nos momentos que antecedem o sono. Desligar a TV, diminuir as luzes, provocar um recolhimento. Hoje, vivemos tão para fora, num ritmo tão frenético, que nem nos damos conta do quanto isso é importante para nós mesmos e, claro, para os bebês", ressalta o doutor.

Com o ambiente tranquilo, fica mais fácil para o pequeno adormecer. À medida que o filhote cresce, outros rituais podem ser associados ao ato de ir dormir, como contar uma história a ele ou fazerem juntos uma pequena oração. Além de darem segurança às crianças, esses momentos acabam se tornando mais uma oportunidade de fortalecer o vínculo com elas.

Adeus, chupeta e paninho!

chupeta


Eles oferecem o apoio emocional de que a criança precisa e até substituem o colo da mãe. Saiba até quando esses objetos devem fazer parte da vida do pequeno e aprenda a tirá-los de cena sem traumas
Se está com sono, Yasmin, 18 meses, pede a chupeta. Quando fica ansiosa porque precisa ir para a escola ou se o irmão menor, Vinícius, 5 meses, ganha mais atenção, o bico de borracha entra novamente em cena. Todo esse apego deixa a mãe, a publicitária paulistana Raquel Silveira, 36 anos, preocupada. “Sempre questionei a necessidade desse acessório, principalmente depois que minha filha cresceu e soube que nem todas as crianças da classe dela usam”, conta. No meio do ano, Raquel re solveu esconder a chupeta para tirá-la da vida da fi lha de uma vez por todas, com a ideia de deixá-la mais independente. O tiro saiu pela culatra. “Percebi que, sem ela, Yasmin fica muito mais insegura e manhosa. Funciona como um apoio”, afirma a mãe.


Casos como o de Raquel são comuns, pois as mães ficam apreensivas ao notar que o filho criou uma relação de dependência com um objeto. O problema é que, na afobação de reverter o quadro, acabam tomando medidas que até prejudicam o desenvolvimento do pequeno. “A ansiedade dos pais interfere no equilíbrio emocional dos filhos, especialmente dos bebês. A família precisa entender e aceitar que é normal e saudável a ligação do bebê com um objeto externo ou mesmo com uma parte do próprio corpo. Ela acontece por uma necessidade da criança e independe da vontade dos adultos”, diz a psicóloga Cynthia Boscovich, de São Paulo.

A professora de dança Sonia Asensio, de São Paulo, sabe quanto isso é verdadeiro. Sua filha, Valentina, 18 meses, nunca deu bola para chupeta nem se apegou a um brinquedo específico. Mas, ao completar o primeiro ano, quando a mãe iniciou o desmame, começou a se ligar ao paninho que cobria a poltrona de amamentação. “Todos os dias, ela o pega, passa no rosto como se estivesse se acariciando e até dorme com ele”, conta a mãe. Ela liberou o objeto para a filha sem pensar duas vezes, pois concluiu que, pelo menos por enquanto, ele está ajudando no processo de retirada do peito.

Descubra o momento ideal

Mas até quando vai essa ligação? “A partir do segundo ano, muitas crianças desistem naturalmente desses apegos”, afirma Cynthia. Os sinais são redução no uso e desinteresse pelo objeto. “Nessa fase, o bebê está mais maduro e já consegue expressar suas carências de outras maneiras, comunicando-as em palavras, por exemplo”, explica a psicóloga Isabel Khan, professora da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e vice-presidente da Associação Brasileira de Estudos sobre o Bebê.

É também nessa idade que a maioria das crianças amplia o círculo de convivência e nota se os amiguinhos e pessoas à sua volta começam a estranhar o fato de ela ainda usar chupeta ou andar com um paninho a tiracolo. Isso faz com que ela tome a iniciativa de deixálos de lado. “A chupeta é o que mais preocupa, pois, a partir do segundo ano, torna-se prejudicial à formação da face, à respiração, à dentição e à fala”, alerta a pediatra Raquel Quiles, médica assistente do Instituto da Criança do Hospital das Clínicas de São Paulo. Mesmo assim, emocionalmente, não dá para suprimi-la da vida do pequeno de uma hora para outra. E lembre: nunca faça essa retirada em momentos de instabilidade da criança ou da família, como a chegada de um irmão, a entrada na escola, uma mudança de casa, a morte de alguém querido ou conflito entre os pais.

Desse jeito, não!

Mesmo que seu filho tenha dado sinais de que não quer mais a chupeta ou o paninho, é preciso conduzir a transição com bom senso. “É errado, por exemplo, começar a chamar a chupeta de ‘caca’, se até recentemente ela era oferecida o tempo todo pelos próprios pais”, avisa Raquel. Esse desligamento deve ser gradual. Do contrário, gera muita ansiedade, pois o bebê de repente vai se sentir privado do único recurso que conhece para se acalmar. “Além disso, se ele não estiver realmente pronto para ficar sem aquele item que oferecia segurança, a tendência é que eleja outro objeto para transferir seu apego”, alerta Cynthia. Propor trocas e oferecer recompensas pelo eleito do seu filho também não funciona. Ricardo, 2 anos, é um exemplo disso. “No Natal passado, combinamos que eu daria um brinquedo a ele se jogasse a chupeta fora”, conta a mãe, a farmacêutica carioca Fernanda Mesquita, 32 anos. “No dia 25, pusemos o acordo em prática e, para sacramentá-lo, meu marido descartou a chupeta junto com ele”, lembra. “Foi uma festa, mas, quando chegou a hora de dormir, precisei pegar o carro e correr para uma farmácia 24 horas. Até hoje o bico de borracha é o amigo inseparável de Ricardo”, diz Fernanda.

A receita que dá certo

Para evitar cenas como essa, faça a retirada gradativamente. “Se o filho deixa o paninho de lado na hora de dormir, a mãe deve elogiá-lo e premiá-lo com uma de monstração qualquer de afeto”, ensina a psicóloga Cecília Zylberstajn, de São Paulo. A compensação é uma linguagem que o pequeno entende e o ajuda a sentir-se seguro. “O desafio não é retirar o objeto, mas fazer com que a criança não precise dele”, afirma ela. Funciona também usar brincadeiras para mudar o foco do pequeno. Por exemplo, se com 2 anos ele ainda toma mamadeira antes de dormir, que tal servir dois copos de leite, um para você e outro para ele, e apostar quem fica com o maior bigode de espuminha?

A economista Paula Soares, 30 anos, de São Paulo, ficou atenta ao desenvolvimento emocional da filha, Clara, 2 anos, antes de guardar a gatinha de pelúcia que a menina sempre tinha nos braços. “Até 18 meses, qualquer coisa era razão para ela agarrar o brinquedo. Aí a Clara entrou na escolinha e, depois de seis meses, percebi que ela estava empolgada com o novo ambiente e os amigos”, conta. Foi en tão que Paula e o marido começaram a desviar a atenção de Clara para outras coisas. “Quando ela pedia o brinquedo, eu falava da escola e, aos poucos, minha pequena abandonou o bichinho.” O momento de Clara tinha chegado e tudo fluiu normalmente... como tem que ser para o filho se sentir seguro e amado.

Comemore os avanços, mas resista à tentação de se desfazer de imediato da chupeta ou do paninho esgarçado ao qual seu filho se ligou. Mesmo que ele passe um adeus, chupeta e paninho! bom período sem pedi-los, guarde-os fora de vista por dois ou três meses. Em situações que causam angústia ou quando não está suficientemente maduro para se despedir desses objetos, pode acontecer de o bebê voltar a solicitá-los depois de um tempo. Significa que eles ainda são uma fonte de segurança importante para ele.

Se você não consegue consolar o pequeno de outra maneira, restitua o eleito e prepare-se para tentar novamente dentro de alguns meses. Mas cuidado: nada de tomar você a iniciativa de oferecer a chupeta de volta em um momento em que a criança esteja chorosa ou insegura. “Não dá para transformar o objeto em uma saída fácil para fazer o bebê ficar quieto. Se o filho choraminga porque quer atenção, o ideal é conversar com ele, tentar descobrir o que o incomoda e dar o carinho de que ele necessita”, ensina Isabel.


Sinais de alerta
Em qualquer situação, ficar de olho nos sinais que o filho emite é o único jeito de saber se o objeto está cumprindo um papel positivo no desenvolvimento dele ou se é indício de alguma dificuldade. “Um bebê que lança mão deles o tempo inteiro, mesmo em um momento descontraído, como quando está brincando, provavelmente sente-se inseguro”, aponta Isabel. Embora não exista uma idade certa ou errada para tirar esses objetos queridos de circulação – cada pequeno tem o próprio ritmo –, demoras excessivas são preocupantes. “Uma criança com mais de 5 anos que ainda não conseguiu se desfazer da chupeta ou do paninho pode estar com algum problema mais sério, com ela ou com o ambiente”, diz Isabel. Nesses casos, um psicólogo infantil pode ajudar.


Para ajudar na despedida
O livro Tchau Chupeta (LeYa Brasil), lançado no Dia das Crianças, é mais uma criação do projeto Pequeno Cidadão. Ele foi inspirado na música que Arnaldo Antunes, Edgard Scandurra, Taciana Barros e Antonio Pinto fizeram para incentivar as crianças a largar a chupeta. Custa 29,90 reais.

Ano novo, roupa nova!

Há quem acredite que vestir roupa nova na virada do ano traz energias positivas para um recomeço. Acreditando ou não nessa superstição, a festa de réveillon é mesmo um bom pretexto para comemorar com a criançada e, claro, ir às compras. Selecionamos algumas peças fofas que combinam com o evento, mas que não ficarão escoradas no guarda-roupa dos filhotes durante o resto do ano.






Tradição

Ao menos no Brasil, o branco sempre vai ser a primeira opção do look da virada. O vestido da foto é da Paola da Vinci (R$ 187) e a sandália é da Tip Toey Joey e custa R$ 190,00 no Loja do Bebê.



Bonequinha

Este modelo balonê combina com duas tradições: com o Ano Novo e com batizado, mas ainda serve de curinga para outros eventos sociais. Ele é da Paola da Vinci (R$286) e a sapatilha da Tip Toey Joey (R$ 116 na loja Paola da Vinci).






Ano novo

Um body-camisa deixa seu bebê a rigor para a sua primeira festa. O modelo de manga curta é da loja virtual Bebê Boutique (R$ 98). Para combinar com ele vale deixar os pés ao léu ou investir numa sandália, como esta da Tip Toey Joey (R$ 83,85). Ventou ou fez frio? Há também a opção com mangas longas como este por R$ 99.





Esporte fino baby
Não é todo réveillon que é regado a altas temperaturas. Boa opção para proteger o bebê da friagem sem tirar seu estilo são as jardineiras. A fofice da foto é da Pianello e custa R$ 98 na loja virtual Bebê Boutique.




Tênis branco

Existem peças que valem para o Ano Novo, mas isso não basta para ela valer a pena o investimento (quem é mãe sabe bem disso). Um acessório chave é o tênis branco, como esse da Tip Toey Joey (R$ 96).






Primeiro réveillon

Será o primeiro jantar de Ano Novo do seu bebê? Esse conjuntinho da foto com, sim, colete e gravatinha borboleta, é bem oportuno. Ele é da Baby Sol e, completo, sai por R$89,90. A sandália trançada arremata a combinação. Tip Toey Joey, R$ 85.







Vai que...

Seu bebê nasce no dia 31, ou antes, e o réveillon coincide com a sua saída de maternidade. Se for esse o seu caso, não vai ser difícil por seus pés em casa de acordo com a tradição. A saída de maternidade acima é da Baby Sol (R$ 149,90).







Um começo aconchegante

Você pode lançar mão de cores para apresentar seu bebê ao novo ano e à vida. O azul é símbolo de calma, enquanto o vermelho de força e nobreza. Os conjuntos acima são da Tilly Baby, e custam R$ 199 (cada conjunto com chapéu, luvas, manta e macacão).






Frescor

As batas combinam com tudo, especialmente com o bem-estar do bebê. As duas acima são da Peixe Amarelo, a de manga custa R$106,30, enquanto a feminina está R$79.





Ano novo da princesa

Aqui, o glamour fica por conta da manguinha bufante e do brilho na coroa que estampa o macacão. Quem assina a peça é a Mini & Kids (R$67,80).





Pé em 2012

Ano Novo aqui no Brasil coincide com o verão: sorte nossa! Se vai passar a virada em uma cidade quente, coloque o chulé da criançada de fora. Os chinelos de dedo são ideais para essa e outras ocasiões que envolvam calor, piscina, mar... Havaianas Baby, de R$ 16,90 a R$18,90.






Bebê fashion
A festa vai ser na praia? Num terraço ou num jardim? Vale investir no conforto. Essa bata é para os meninos. Paola da Vinci, R$ 107.







Para hoje e sempre

Peça obrigatória no guarda-roupa das crianças, a bermuda combina com dia e noite. O modelo acima com bolsos laterais é de Paola da Vinci, R$ 125.





Luxo

Se você segue a linha de mães que gostam de vestir suas meninas como princesas, a renda é seu tecido. Paola da Vinci, R$ 178.






Proteção

Para proteger do vento, enfeitar ou enriquecer uma peça mais simples, o bolero é um ótimo artifício. Este rendado também é da Paola da Vinci, R$ 120.



Brilho nos pés

Existem acessórios que arrematam uma combinação. Esta sandália da Gats Baby Concept é um exemplo dessas peças. Ela custa R$ 120 na loja virtual Bebê Boutique.





Paz, amor e rendas

As rendas e as saias são os ícones máximos da feminilidade. Coloque as duas juntas e você tem uma peça perfeita para o réveillon da sua garotinha. Ambas acima são da Paola da Vinci, R$ 152.





Chique

É possível vestir até uma dama de honra com essa peça de tule e rendas, mas se está nos planos da família passar a virada de ano num jantar ou evento mais refinado ela se encaixa perfeitamente. Para ladear, vá de sapatilhas douradas. Vestido Paola da Vinci (R$ 270) e sapatilhas Tip Toey Joey para Paola da Vinci (R$ 170).





Sem pretensões

Comemorações mais caseiras combinam com conforto. A loja Bebê Básico, como diz o nome, oferece uma paleta de cores variada e alegre para pedir por vibrações de toda sorte na virada. Cada body custa de R$ 29,50 a R$ 32.





Realeza

O vermelho é símbolo de força, nobreza e vida! Para um ano vibrante, ou para quebrar com a brancura de uma produção, lance mão dessa cor nos acessórios. O tapa fraldas (R$ 19,80), a sapatilha com elástico cruzado (R$ 116) e o tênis com listras brancas (R$46,80) estão à venda na Bebê Básico.

Proteção solar para bebês

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Entenda por que o uso do filtro é prejudicial nos primeiros seis meses de vida e saiba como proteger a criança do sol, sem comprometer a tranquilidade e a diversão das férias

Com a aproximação do verão, a tentação de correr para a praia ou para a piscina é grande, mas será que os pequenos já são capazes de suportar as altas temperaturas? Para os especialistas, o ideal é evitar a exposição ao sol antes de o bebê completar meio ano de vida, já que somente a partir dessa idade o uso do protetor solar é liberado.

A recomendação – da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve-se ao fato de que, por ser mais fina, sensível e permeável, a pele do bebê que ainda não completou seis meses está sujeita à intoxicação pelas substâncias químicas dos fotoprotetores.

Alternativas

De acordo com a coordenadora de pediatria da Sociedade Brasileira de Dermatologia, Silmara Cestari, a fotoproteção dos recém-nascidos precisa ser garantida por chapéus e roupas apropriadas, como as de algodão e linho, preferencialmente em cores claras. A médica destaca que, no mercado brasileiro, já é possível encontrar peças feitas a partir de um tecido que diminui significativamente a penetração da radiação solar. Segundo ela, o guarda-sol não serve como alternativa. “Ele não oferece proteção adequada, pois o reflexo do sol na areia e no piso da piscina também atinge a pele”, diz..

Para o pediatra Sylvio Renan Monteiro de Barros, autor do livro “Seu bebê em perguntas e respostas – Do nascimento aos 12 meses”, é importante que essas roupas não fiquem muito justas no corpo, de modo a facilitar a circulação de ar.

Verão dentro de casa?

A pediatra Filumena Gomes, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, afirma que não é necessário se trancar em casa com a criança para esperar as temperaturas baixarem – inclusive porque o sol é essencial para a síntese de vitamina D, responsável pela absorção e fixação do cálcio. Ela explica que, neste primeiro semestre, 10 minutos diários de exposição, antes das 10 horas ou após as 16, são suficientes.

Para Silmara, a exposição pode ir aumentando gradativamente, até chegar a 30 minutos por dia. No início, recomenda-se manter apenas as pernas fora da área sombreada. “Aos poucos, é bom expor, também, os braços e o tronco. A cabecinha deve se manter protegida”, ensina.

Todo cuidado é pouco

Segundo o dermatologista Marcos Bonassi, de São Paulo, a ocorrência de bolhas e queimaduras graves durante a infância eleva o risco de câncer de pele na vida adulta. A superexposição aos raios também acelera o processo de envelhecimento da pele e o calor predispõe os pequenos a problemas como brotoejas e desidratação.

Viagens de carro em dias muito quentes, por exemplo, demandam cuidados extras, especialmente se o veículo não possui ar condicionado ou se um dos passageiros não se adapta bem a ele. Realize paradas frequentes, evite a incidência da radiação no bebê, vista-o com roupas leves e ofereça bastante líquido a ele.

Indesejável coceira

“O calor e a umidade podem levar à obstrução dos dutos das glândulas sudoríparas, fazendo surgir pequenas pápulas avermelhadas, as famosas brotoejas”, informa Filumena. “Elas aparecem principalmente nos bebês e vêm acompanhadas de coceira.”

Para eliminar o incômodo, os especialistas costumam prescrever anti-inflamatórios tópicos, a ingestão de líquidos e a utilização de roupas leves. “Outras dicas são evitar locais quentes, úmidos e pouco arejados e refrescar o nenê com banhos frios ou mornos.”

Hidratar sempre

Assim como o corpo do adulto, o do recém-nascido precisa permanecer hidratado. A diferença é que o bebê troca mais calor com o ambiente, o que oferece o risco de desidratação, conforme esclarece Filumena. Mudanças comportamentais, como irritabilidade e apatia, podem ser sinais de que ele está desidratado – e que, portanto, você deve procurar ajuda profissional imediatamente. O corpo da criança costuma ter diferentes reações ao problema, tais como vômitos, diarreia, ausência de lágrimas durante o choro, afundamento da moleira, palidez, resfriamento dos pés e das mãos, ressecamento dos lábios e escurecimento da urina, que pode, ainda, apresentar odor forte.

O primeiro protetor

No segundo semestre de vida, as características da pele do bebê já se aproximam das do adulto. “Sua capacidade de eliminar as substâncias químicas presentes no filtro solar aumenta e, por isso, os pais já podem lançar mão do produto”, constata Barros.

A partir daí, é necessário atentar-se a detalhes referentes à composição dos fotoprotetores. As versões infantis, geralmente, não contêm substâncias com potencial alérgico, porém, é sempre bom checar o rótulo para se certificar de que o filtro é hipoalergênico.

De acordo com Filumena, os protetores destinados à faixa etária de seis a 24 meses são os físicos, encontrados na forma de creme, e que formam uma verdadeira barreira contra a radiação. “Somente após os dois anos é recomendado o uso de filtros químicos”, diz. O fator de proteção solar – muitas vezes representado apenas pela sigla FPS – deve ser, de preferência, entre 30 e 50. “Mas, o fator 15 já é eficaz”, atesta Silmara, que recomenda índices maiores quando o nível de exposição solar for mais alto, como em viagens de barco, por exemplo.

Vale destacar que, se o contato com a radiação for frequente ou prolongado, o produto tem que ser aplicado mesmo se a criança não estiver na praia ou na piscina.

Aplicação

Deve-se passar o fotoprotetor pelo menos 30 minutos antes da exposição solar, ainda sem roupa, para que não restem áreas desprotegidas. Entre as partes do corpo que merecem maior atenção, estão a face, o tronco e os membros. “É importante não se esquecer das orelhas, do pescoço e do dorso das mãos e dos pés”, ressalta Silmara. Para os lábios, a melhor opção, na opinião da especialista, é o protetor em bastão. A reaplicação precisa ser feita a cada hora ou quando houver longa permanência na água.

Mesmo que todas essas recomendações sejam seguidas à risca, os horários considerados mais seguros para o banho de sol têm que ser respeitados, já que o filtro não confere 100% de proteção à pele.

Quando o bebê não quer nascer

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Chega a data prevista para o nascimento do seu filho e... nada! A cada dia que passa, a angústia aumenta. Fique calma. Há recursos para saber com segurança se é melhor antecipar o parto ou aguardar até o bebê dar sinais de querer nascer
“Correu tudo bem na minha gravidez, e estava resolvida a fazer parto normal. Mas, ao final da 40ª semana, não havia sinal de que logo daria à luz. A dilatação era zero e nunca tive uma contração. Foi quando o médico avisou que teríamos que fazer cesariana, mesmo porque meu filho estava mal posicionado e induzir o parto normal seria um risco. Abri mão do meu desejo, mas meu bebê nasceu em segurança”, diz a bancária Deise Giovanni, 27 anos, mãe de Pedro, 11 meses, de São Paulo. Ver a gravidez passar da hora não é tão raro assim. Pelos cálculos da Área Técnica de Saúde da Mulher da Prefeitura de São Paulo, 4% das gestantes fazem parte desse grupo de mães cujos bebês parecem decididos a prolongar a estada no útero. O problema é que aqui, do outro lado, a entrada na 40ª semana de gestação marca o início de um impasse: é melhor esperar mais um pouquinho pela ação da natureza ou acelerar as coisas para trazer a criança ao mundo logo?


Escolha delicada

A resposta depende, em parte, do tamanho desse atraso. Na classificação do Ministério da Saúde, até 42 semanas, trata-se apenas de uma gestação prolongada, em princípio sem maiores riscos. A partir daí, passa a ser uma gravidez pós-termo e deve ser interrompida. Os médicos ainda não descobriram a causa desses atrasos. “O que podemos afirmar, com base em um trabalho de pesquisadores noruegueses, é que mulheres com uma primeira gravidez prolongada apresentam 27% mais probabilidade de que o problema se repita em uma segunda gestação”, diz o obstetra Jurandir Piassi Passos, da Universidade Federal de São Paulo.

Apesar do limite teórico das 42 semanas, muitos especialistas já começam a intensificar os cuidados por volta da 40ª semana e preferem realizar o parto no máximo com 41 semanas e três dias. Mas não é uma opção tão simples quanto parece. Por um lado, os alarmes falsos são frequentes e o suposto atraso na verdade é um erro de cálculo da mãe, que confundiu a data da última menstruação ou tem ciclo menstrual irregular. Por outro lado, o fato é que, com o passar do tempo, a vida fora do útero é mais saudável para o bebê do que dentro da barriga da mãe. Eis o pontochave da questão: a qualidade do ambiente fetal é que determina a hora de agir.

os sinais de perigo A placenta é a primeira a ser avaliada. Afinal, depende dela a transferência de sangue, oxigênio e nutrientes para o bebê. “Conforme a gestação avança, ela envelhece e sofre calcificações, o que torna essas trocas menos eficientes. É como um filtro que vai ficando sujo e deixa de cumprir seu papel”, explica o obstetra Luiz Fernando Leite, do Hospital e Maternidade Santa Joana, em São Paulo. Quando não recebe a quantidade adequada de nutrientes, o feto vai buscar suprimentos nas próprias reservas de gordura. E, aí, começa a perder peso, o que põe em risco seu desenvolvimento. “Além disso, a falta de oxigenação prolongada pode levar à morte ou causar sequelas graves, como paralisia cerebral”, destaca Leite.

A diminuição do líquido amniótico, que protege a criança de choques e mantém a temperatura estável, é outro motivo de alerta. Nessa fase, ela pode ser mais um indício de que a oxigenação está ruim. É que, ao receber menos oxigênio do que necessita, o organismo dele diminui a atividade e privilegia o funcionamento de órgãos essenciais à sobrevivência imediata, como pulmão e coração. Os rins, que filtram a urina, um dos principais componentes do líquido amniótico, ficam quase paralisados, fazendo o líquido baixar.


Exames que tranquilizam

A boa notícia é que os médicos contam hoje com vários recursos para saber direitinho como está a vida do seu filhote no útero. Os mais utilizados são:

Ultrassonografia revela se a placenta está envelhecida ou se houve diminuição do líquido aminiótico;
Ultrassonografia com dopplerfluxometria mostra se o bebê está recebendo sangue suficiente;
Cardiotocografia mede a frequência cardíaca do feto e as contrações uterinas;
Perfil biofísico avalia a vitalidade do bebê, analisando por ultrassom a respiração, movimentos, tônus dos membros etc.

“Se toda essa avaliação indicar que mãe e filho estão em perfeitas condições, o retorno ao consultório passa a acontecer a cada três dias. Caso se identifique algum risco, a visita se torna diária ou, se o médico achar necessário, a futura mãe fica internada para um acompanhamento mais próximo”, explica Passos. Com esses cuidados, é raro a gravidez prolongada gerar complicações. É só ter paciência de comparecer às consultas, curtir um pouco mais o barrigão e ficar ligada na movimentação do filho. A essa altura, você já deverá estar de licença-maternidade. Então, após as refeições principais (café da manhã, almoço e jantar), deite-se sobre o lado esquerdo durante uma hora e conte quantas vezes seu filho se mexe. Se ele fizer seis ou mais movimentos, é sinal de que está ótimo e feliz. Menos do que isso, ligue para o médico ou vá até a maternidade para uma avaliação mais apurada.


Interrupção à vista

Agora, se os exames revelarem algum problema, o médico pode achar mais seguro interromper a gestação. O que, aliás, não é necessariamente sinônimo de decretar uma cesárea. Em muitos casos, o par to induzido é o melhor caminho. Aconteceu com a publicitária Caroline Corrêa, 28 anos, mãe de David, 1 ano e 4 meses, de São Paulo. Com 41 semanas e meia, a médica lhe disse que, se a ideia era tentar o parto normal, a hora era aquela. Mais alguns dias e o bebê poderia ter a reserva de oxigênio diminuída – a cesárea, então, seria a única saída. “Depois de me certificar de que não havia riscos na tentativa, segui em frente. Eu queria de verdade vivenciar a emoção de um parto normal”, conta Caroline. “Para alegria geral, bastou um empurrãozinho, e meu filho nasceu com saúde perfeita.”


Induzido x cesárea

O “empurrãozinho” para o parto induzido começa com a avaliação do colo do útero. Se ele estiver muito fechado, como era o caso de Caroline, é preciso prepará-lo com o auxílio de medicamentos à base de prostaglandina, que são introduzidos na vagina, como um absorvente interno. “Essa substância vai dar início ao processo de dilatação”, esclarece o obstetra Eduardo Souza, do Hospital São Luiz, em São Paulo. Horas depois, quando o útero já estiver mais maleável, o médico vai induzir as contrações com a ajuda do hormônio ocitocina, administrado com soro na veia. Daí em diante, a bola estará com você. “A indução não muda a dinâmica do parto normal. É só um ponto de partida para desencadear o processo que não se deu naturalmente. A mãe continua consciente e terá que fazer força para o filho nascer”, diz Souza. E se o médico nem cogitar a hipótese de indução e já falar em cesárea? Alto lá: desconfie, investigue, peça uma justificativa. Às vezes, a cirurgia é inevitável e não tem por que correr riscos. Isso acontece, por exemplo, quando há diminuição de oxigênio e o bebê entra em sofrimento, quando ele está mal posicionado ou quando o organismo materno não responde como deveria aos medicamentos de indução. Aí, é cesárea. “Mas ela não é uma opção a ser colocada em primeiro plano. Se houver boas condições, o parto normal pode ser feito e é ainda a melhor escolha”, garante Passos.


Parto em números

- 1 centímetro de dilatação por hora é a média registrada pelas mães de primeira viagem. A partir do segundo filho, isso salta para 1,5 centímetro por hora.
- 10 centímetros de dilatação é o necessário para que se inicie a saída do bebê.
- O ideal é que o parto ocorra entre a 38ª e a 41ª semana.
- 40 segundos é a duração das contrações no início do trabalho de parto, e elas se sucedem a intervalos regulares de três minutos.
- 2 horas é o máximo que deve demorar o início das contrações depois que a grávida passa a receber a dosagem máxima de ocitocina.