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sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Reprodução assistida ganha normas regulamentadas

O Conselho Federal de Medicina acaba de estabelecer novas normas para a reprodução assistida. Com isso, o Brasil ganha uma série de regras que orientam os profissionais em um momento de tantos avanços da ciência e mudanças no comportamento social.

Entre os destaques, está a permissão para a realização de procedimentos com material biológico criopreservado (conservado sob condições de baixíssimas temperaturas) após a morte e a possibilidade de pessoas se beneficiarem com as técnicas, independentemente do estado civil ou da orientação sexual.

Para você ficar por dentro das novas resoluções, entrevistamos Philip Wolff, biólogo, embriologista e pesquisador do Instituto Clínica de Saúde e diretor da Clínica Genics Medicina Reprodutiva e Genômica, de São Paulo.






1. Quais são as principais alterações nas regras de reprodução assistida?
Philip Wolff: Não existem grandes mudanças. O Conselho Federal de Medicina apenas regulamentou o que já era feito. O principal destaque é que mais pessoas serão beneficiadas, já que podem ter um filho independente do estado civil e da orientação sexual.


2. A nova diretriz determina o número de óvulos a ser implantado de acordo com a idade da paciente: até dois embriões para mulheres com até 35 anos, até três embriões para mulheres entre 36 e 39 anos, e até quatro embriões para mulheres com 40 anos ou mais. Qual é o objetivo dessa regra?
Philip Wolff: Diminuir a chance de gerar gêmeos e trigêmeos. Uma gestação múltipla tem mais riscos, maior incidência de prematuridade e, consequentemente, um custo mais alto para as maternidades. Vale salientar que a redução fetal é proibida, pois é considerada aborto. Você não pode reduzir o número de embriões fecundados. Precisa aceitar que foi uma escolha.



3. O que muda na reprodução assistida no caso de morte de um dos cônjuges?
Philip Wolff: Quando chegam a clínica, os cônjuges e companheiros devem expressar sua vontade, por escrito, quanto ao destino que será dado aos pré-embriões em caso de divórcio, doenças graves ou falecimento de um deles ou de ambos e quando desejam doá-los.



4. É possível escolher o sexo do embrião?
Philip Wolff: Tecnicamente, sim. Mas, na prática, não podemos fazer isso. Escolher se você quer engravidar de uma menina ou de um menino só é permitido para evitar algum tipo de doença relacionada ao sexo.


5. Caso um casal gay queira ter um filho, é possível?
Philip Wolff: Sim. As mulheres podem ter uma produção independente, nada impede. E os homens podem gerar um filho, desde que tenham um útero "emprestado", ou seja, precisam de uma mulher que seja parente de primeiro ou segundo grau para dar à luz a essa criança. E essa combinação não pode, logicamente, envolver questões financeiras, já que isso não é permitido pela legislação brasileira.



6. É possível que casais evitem que seus futuros filhos carreguem genes causadores de doenças?
Philip Wolff: Não, pois seria o mesmo que escolher as características do embrião e isso é proibido. No entanto, daqui a cinco ou dez anos, acredito que a tendência seja liberar as técnicas para predizer doenças.
 
 
7. Qual a importância dessa regulamentação?
Philip Wolff: Regulamentar é muito importante no sentido de padronizar e controlar. O Brasil está passando por muitas mudanças sociais e é importante ter regras para que as pessoas não decidam as coisas pela sua cabeça. É importante também para diminuir os riscos e aumentar a qualidade desse processo. O objetivo maior disso tudo é chegar a gestação única com sucesso. Essa é a tendência.

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