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domingo, 17 de abril de 2011

Na barriga da mãe

barriga
As imagens de ultra-som permitem ver o bebê em detalhes. E, se ele estiver correndo risco de vida, pode ser salvo antes mesmo de vir ao mundo – eis a maior conquista da medicina fetal



O maior risco das cirurgias realizadas em fetos continua sendo provocar um parto prematuro — e não o de algum instrumento machucar o bebê, como muitos leigos temem. “E nem sempre alcançamos o resultado desejado”, avisa o professor Lourenço Sbragia. Aí, de fato, a criança pode morrer antes mesmo do nascimento — outra vez, não por causa do procedimento em si, mas porque seu mal não foi curado. Pense bem: quando o problema deixa a futura criança entre a vida e a morte, a intervenção deve ser cogitada. “Ela é a saída quando o feto corre perigo imediato ou quando as seqüelas de uma anomalia seriam gravíssimas após o nascimento”, resume a obstetra Denise Lapa. Ela, por exemplo, é expert em uma doença chamada mielomeningocele — uma rara abertura na medula espinhal que deixa tecidos nervosos expostos ao líquido amniótico. “Isso pode levar a diferentes graus de paralisia, muitas vezes associada a líquido no cérebro, o que nós, médicos, chamamos de hidrocefalia”, descreve.

A intervenção para fechar essa abertura chegou a ser realizada, inclusive no Brasil, a partir de 2003, na Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), pela equipe do neurocirurgião pediátrico Sérgio Cavalheiro. Mas o procedimento foi suspenso. “Faltavam estudos comprovando que ele traz benefícios após o parto”, conta o próprio Cavalheiro. A situação pode mudar: os cientistas que acompanharam o crescimento das crianças operadas notaram que elas apresentavam maior força muscular e reflexos mais rápidos que as crianças portadoras não operadas.

Um dos principais desafios da medicina fetal é encontrar um método cirúrgico intra-uterino eficaz para tratar problemas cardíacos graves, a exemplo da hipoplasia do coração esquerdo, em que apenas a parte direita do coração se desenvolve. Miguel Barbero Marcial, professor de cirurgia cardíaca pediátrica do Instituto do Coração (Incor), em São Paulo, diz que, por enquanto, quase nada se faz cirurgicamente no coração do bebê antes do nascimento. “O máximo é ajustar alguma válvula”, diz. Em procedimentos assim, semelhantes a uma angioplastia, uma agulha é introduzida na barriga da mãe até chegar ao coração do bebê. Ela leva um balão, que é inflado lá dentro, dilatando a válvula e restabelecendo a passagem do sangue. Técnicas como essa, que os médicos chamam de percutânea, são usadas também para drenar o excesso de líquidos na bexiga, na caixa torácica ou do cérebro — males que também poderiam ser fatais. E hoje muitas vezes têm final feliz.

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