Essa é, ao menos, a sugestão de Jorge Chavarro e Walter C. Willett, autores de The Fertility Diet (“A dieta da fertilidade: um estilo de vida adequado para aumentar as chances de engravidar”, publicado no Brasil pela editora Campus-Elsevier). A obra é um projeto de fôlego da Universidade Harvard, onde a dupla trabalha, em parceria com outras respeitadíssimas instituições médicas americanas, como o Hospital Infantil de Boston, para citar apenas uma.
A investigação original com um grupo de mais de 18 mil voluntárias buscava, na verdade, elucidar a relação entre dieta e prevenção de doenças como o câncer e o infarto em mulheres jovens. Como boa parte delas revelou que estava tentando engravidar, os pesquisadores passaram a mirar esse foco — a fertilidade.
Em oito anos de investigação, muitas das mulheres acompanhadas conseguiram ter bebê. Mas uma em cada seis — das que declararam o desejo de engravidar, bem entendido — não tiveram a mesma sorte. E duas substâncias, a insulina e a globulina, podem ter representado um papel crucial nessas histórias com finais diferentes. Ambas, dizem os pesquisadores, influenciam na ovulação.
Segundo eles, quando a insulina que faz o açúcar entrar nas células sobe depressa ou despenca no sangue, a tal da globulina, uma proteína que se liga aos hormônios sexuais em geral, acompanha a flutuação. De maneira, diga-se, igualmente brusca. E isso destrambelha o equilíbrio hormornal. O resultado desse sobe-e-desce é uma elevação de andrógenos, hormônios masculinos que, em excesso, interrompem a ovulação.
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