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sexta-feira, 26 de agosto de 2011

O papel da vovó

As avós ajudam ou atrapalham nos cuidados e na educação dos filhos? Três blogueiras desabafam sobre os conflitos e revelam suas estratégias para tirar proveito dessa convivência







 
 
 
 Mayra, 33 anos, é mãe de Pedro, 6 anos, Julia, 4 anos, e Francisco, 4 meses. É filha de Majoí, 53 anos, e escreve no blog Mãe de Três

Maria Dolores, 33 anos, é mãe de Daniel, 13 anos, e Antonio, 8 meses. É filha de Cínthia, 53 anos

Camila, 30 anos, é mãe de Manoela, 4 anos, e dos gêmeos Joaquim e Pedro, 2 anos e 10 meses. É filha de Maria Rita, 57 anos, e responsável pelo blog Mamãe Tá Ocupada

Sua mãe faz o tipo avó discreta ou está mais para avó “entrona”?
 
Mayra: Minha mãe é professora de pré-escola e ama criança. Ela vai à minha casa com frequência, porque moramos perto. Mas dá umas passadinhas rápidas, tenta respeitar meu espaço e sai de fininho na hora em que meu marido chega. Se preciso sair ou viajar, ela vai de malinha pra casa. Mas tenho claro que mãe e avó desempenham papéis diferentes, e isso ajuda a evitar conflitos.
 
Maria: Minha mãe não sai de fininho se meu marido chega, não! Ela é ótima, só que ocupa a casa inteira (risos). Quando meu primeiro filho nasceu, eu tinha 19 anos e fiquei um ano morando com ela em Três Pontas (MG). Minha irmã é só um ano mais velha do que ele. Então, eu e minha mãe cuidávamos de duas crianças quase da mesma idade e os papéis se confundiam. Eu não tinha noção de como educar um filho e não conseguia me impor. Deixava que ela fizesse do jeito dela, mesmo discordando. Com o Antonio, é diferente. Ela continua em Minas, e eu, em São Paulo. Vou visitá-la quase todo fim de semana, mas a educação é minha.
 
Camila: Também tenho uma mãe professora, que é discreta e adora crianças. Moramos em bairros distantes, mas sei que conto com ela sempre que preciso.

O que você faz quando sua mãe a contraria?
 
Camila: Sou chata com regras e, sempre que deixava a Manoela com minha mãe, escrevia folhas e folhas com orientações. Queria que as coisas saíssem exatamente do meu jeito. Agora, estou menos implicante. Outro dia, deixei as crianças com ela para ir a um casamento e um dos meninos estava com virose. Pedi que desse a ele uma alimentação leve. Não é que ela levou os três ao McDonald’s? E ainda se justificou, dizendo que meu filho só tinha pedido nuggets. Fiquei louca, discuti, mas sei que não adianta. Por isso, implico cada vez menos. Às vezes, prefiro pagar uma babá para exigir o que bem entender. Com a mãe da gente é diferente, né?
 
Maria: Quando o Daniel nasceu, eu o vestia achando que estava frio, e minha mãe tirava a roupa dele sem nem me consultar. Mesmo hoje ela contraria minha vontade. Recentemente, quis fotografar o Antonio dentro de uma panela – minha mãe é fotógrafa e tem essas esquisitices. Pedi que não fizesse isso, mas foi só eu tirar um cochilo que, ao acordar, encontrei a foto dele lá, prontinha! Falar o quê? Deixei por isso mesmo... Tenho dificuldade de colocar limites. Afinal de contas, é a minha mãe!
 
Mayra: Com o tempo entendi que, se preciso de um favor dela, não posso exigir demais. Favor é favor, e a maioria dos problemas surge quando a filha exige que a mãe faça as coisas do jeito dela. Mãe não é empregada!

Como você impõe limites para os palpites?
 
Mayra: Normalmente prefiro seguir aquilo em que acredito do que ficar ouvindo o que os outros dizem. Quando meu primeiro filho nasceu, elegi uma pessoa para me aconselhar: o pediatra. Daí, sempre que alguém vinha dar palpites, inclusive minha mãe, eu rebatia, dizendo que estava obedecendo às orientações do médico. Foi uma boa maneira de impor limites sem gerar conflitos.
 
Maria: Ah, também apelei para o pediatra, principalmente na época da amamentação. Minha mãe queria dar água, suco, e o médico dizia que leite materno era suficiente. Mas sei que ela dava água escondido... (risos)
 
Camila: Nossa, quando meus gêmeos nasceram, quase fiquei maluca com tantos palpites. Nos primeiros meses, eles não dormiam e choravam sem parar. Minha mãe sugeriu chá de alface para acalmar. Fui na dela e me arrependi. Para eles, o chá funcionou como alucinógeno! (risos) Foi aí que a ficha caiu: apesar da experiência, minha mãe criou os filhos há 30 anos, e muita coisa evoluiu desde então. Ainda ouço e respeito o que ela diz, mas penso duas vezes antes de pôr em prática.

De que modo você resolve os impasses com ela?
 
Camila: Dependendo da situação, falo logo que algumas decisões são minhas e ponto final. Às vezes, é inevitável discutir. Mas a relação melhora com o tempo. No nascimento do meu primeiro filho, que era também o primeiro neto, nasceram junto um pai, uma mãe e uma avó – e todo mundo precisou de tempo para entender qual era seu papel nessa dinâmica.
 
Mayra: Acho melhor ficar vermelha uma vez, do que rosa várias vezes (risos). Sou firme ao colocar limites.
 
Maria: Em assuntos fundamentais, como saúde e limites, converso e entro num acordo antes que os problemas surjam. Aí, se ela der uma derrapada, basta lembrar o que já havia sido combinado. O segredo é manter o foco no que importa e aprender a reconhecer o que é detalhe, como atrasar um pouco o horário do banho.

Você pede a opinião da avó para lidar com questões relativas à educação das crianças?
Camila: Prefiro desabafar do que pedir conselho, pois sei que discordamos em muitas coisas. Ela, por exemplo, só usava homeopatia com os filhos, e eu sou do tipo que dá antitérmico quando a temperatura vai a 37º C...
 
Mayra: É interessante ouvir essa sua pergunta, porque, de um jeito ou de outro, a gente acaba usando a mãe como referência – seja para fazer tudo igual ou porque quer ser completamente diferente dela. Como minha mãe sempre foi muito presente, eu me senti na obrigação de ser igual, mas não gostava de sentar e brincar com os meus filhos, como ela fazia. Levei anos (e muita terapia) para entender que não era igual a ela e que nunca seria. Percebi que me realizaria mais trabalhando e que poderia ser uma excelente mãe, à minha maneira. Mas, mesmo sem eu pedir, ela observa o que eu faço e me chama num canto para sugerir uma saída que considera melhor. Por exemplo, a Julia começava a dar chilique toda vez que precisava colocar sapato. Eu tentava contornar a situação, mas acabava pondo minha filha de castigo. Depois de um tempo, minha mãe sugeriu que eu conversasse com a Julia antes de vesti-la para prevenir o chilique, em vez de precisar contê-lo. Agradeci pelo toque. Só não gosto da crítica pela crítica, como quando ela questiona minha decisão de trabalhar, em vez de ficar em casa com as crianças.
 
Maria: Adoro conversar sobre o futuro das crianças e questões mais existenciais, sabe? Para isso ela é ótima! E já houve situações em que me arrependi por não tê-la ouvido. Outro dia, por exemplo, percebi que o Daniel estava com manchas vermelhas, liguei para minha mãe, e ela me aconselhou a esperar e observar, pois podia ser queimadura de limão. Não levei a sério e corri para o hospital. Passamos uma péssima madrugada lá para constatar que era mesmo queimadura de limão.

Qual é a sua receita de sucesso para melhorar o relacionamento mãe, filha e netos?
 
Camila: Hoje, entendo que não vale a pena alimentar picuinha em casa. É melhor preservar a riqueza da relação dela com os netos. Minha mãe costuma dizer que netos são filhos com açúcar, porque ela faz concessões a eles que, como mãe, jamais admitiria.
 
Maria: Não implico com questões práticas e sem importância, como o jeito que ela coloca a fralda. Sei que, no fundo, isso não vai fazer diferença na vida do meu filho. Mas intervenho quando tem a ver com segurança ou saúde. Certo dia, minha mãe estava saindo com o Antonio do banco de trás do carro, sem cadeirinha, apoiado numas almofadas. Não deixei. Para ela, que é de outra época, tudo bem transportar as crianças assim. Mas eu já sei dos riscos que existem, né?
 
Mayra: É verdade: há um cho que de gerações. Só comecei a entender minha mãe de verdade quando nasceu meu primeiro filho. Eu me pegava pensando: “Nossa, então ela também passou tantas noites acordadas comigo?” ou “Ela também sentiu esse medo quando tive febre?”. Isso me fez dar muito crédito à minha mãe. O segredo é reconhecer que diferenças existem, mas não suplantam o amor que permeia a relação.
 
Maria: Algumas leitoras do meu blog são muito rígidas em relação à participação das avós e se preocupam em manter distância. Mas aprendi, na prática, que ser maleável é melhor para todo mundo... Para a mãe, para a filha e, principalmente, para os netos.

Tá valendo!
Muitas práticas literalmente do “tempo da vovozinha” continuam atualíssimas, garantem os pediatras David Elias Nisenbaum, do Hospital Infantil Sabará, e Sandra Frota Ávilla Gianelo, do Hospital Estadual Mário Covas, ambos de São Paulo. Confira.
 
Maisena para tratar assaduras. Funciona porque mantém o local seco, acelerando a cicatrização.
 
Compressa quente para aliviar dor de ouvido. O calor relaxa a musculatura local, amenizando a dor. Mas teste antes para não exagerar na quentura.
 
Faca contra galos. O sangramento sob a pele, depois da batida, causa vermelhidão e inchaço. O frio do metal faz os vasos se contraírem, impedindo o hematoma. A faca deve ser grande, sem corte nem serra.
 
Água com açúcar para acalmar. Em situações de stress, o organismo libera adrenalina e consome mais glicose. O açúcar ajuda a restabelecer o equilíbrio e pode comandar a produção de endorfinas, responsáveis pela sensação de bem-estar.
 
Azeite para soltar o intestino. Funciona como laxante porque parte dele não é absorvida pelo intestino e acaba funcionando como um lubrificante local. Pode-se usar, no máximo, uma colher de chá por dia, para crianças maiores de 1 ano.

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